terça-feira, 30 de junho de 2015

Vistos e Revistos em 2015 #junho

Junho foi sinônimo de tumulto, falta de confiança, correria e desordem! Entretanto, a paixão pelo cinema é inabalável e persistente...

Clara e sucintamente divulgo que mais 32 títulos foram vistos ou revistos neste último mês, superando o valor absoluto da razão de filmes por dia em dois e mantendo a média superior a 1 para junho. Apesar do resultado “relativamente baixo” desses últimos trinta dias, caminho a passos largos para controlar e ampliar ainda mais essa mesma média, deixando-a acima de 1 filme/dia até o final do ano de 2015. Cinemeira e cinematograficamente falando, continuo muito feliz!

Lembro que sempre indico todos os filmes aos quais assisto! É importante frisar que cada um deles, por pior que seja, tem direito a uma recomendação, simplesmente pela proposta à experiência da degustação cinematográfica. Uma vez ou outra (no caso, quase sempre) o que agrada aos olhos de um pode não agradar aos olhos de todos os outros.

Observação: os filmes em destaque na lista a seguir possuem perfis, artigos ou críticas nas sessões “Sempre um Clássico” ou “Identidade Nacional” ou ainda fizeram parte da programação anual do Projeto “Cinema em Transe” do Sesc Palladium de Belo Horizonte que valoriza as nossas mais recentes produções nacionais. É só clicar nos links para conferir os artigos!

Sem me estender muito, pois logo mais tenho uma outra sessão, compartilho com vocês todos os 228 filmes já apreciados em 2015:

001 - Abismo Prateado, O (O Abismo Prateado, Brasil, 2011)

002 - Abominável Doutor Phibes, O (The Abominable Dr. Phibes, Reino Unido | Estados Unidos, 1971)

003 - Abutre, O (Nightcrawler, Estados Unidos, 2014)

004 - Aconteceu Naquela Noite (It Happened One Night, Estados Unidos, 1934)

005 - Agonia e Glória (The Big Red One, Estados Unidos, 1980)

006 - Alegre Divorciada, A (The Gay Divorcee, Estados Unidos, 1934)

007 - Além da Fronteira (Out in the Dark, Israel | Estados Unidos, 2012)

008 - Alien, o Oitavo Passageiro (Alien, Estados Unidos | Reino Unido, 1979)


010 - Amantes Crucificados, Os (Chikamatsu Monogatari, Japão, 1954)

011 - Amargo Regresso (Coming Home, Estados Unidos, 1978)

012 - Amores de Apache (Casque d’Or, França, 1952)

013 - Anabazys - O Terceiro Testamento de Glauber Rocha (Anabazys, Brasil, 2007)

014 - Aniversário Macabro (The Last House on the Left, Estados Unidos, 1972)

015 - Anjo do Mal (Pickup on South Street, Estados Unidos, 1953)

016 - Ao Rufar dos Tambores (Drums Along the Mohawk, Estados Unidos, 1939)

017 - Apaixonados (Shockproof, Estados Unidos, 1949)

018 - Aplausos (Applaus, Dinamarca, 2009)

019 - Atire a Primeira Pedra (Destry Rides Again, Estados Unidos, 1939)

020 - Bala para o General, Uma (Quién Sabe?, Itália, 1966)

021 - Batalha do Passinho: O Filme, A (A Batalha do Passinho: O Filme, Brasil, 2012)

022 - Batguano (Batguano, Brasil, 2014)

023 - Batman (Batman, Estados Unidos | Reino Unido, 1989)

024 - Beatniks, Os (Heart Beat, Estados Unidos, 1980)

025 - Beau Geste (Beau Geste, Estados Unidos, 1939)

026 - Besta Humana, A (La Bête Humaine, França, 1938)

027 - Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância) (Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance), Estados Unidos | Canadá, 2014)

028 - Blade Runner, o Caçador de Androides (Blade Runner, Estados Unidos | Hong Kong | Reino Unido, 1982)

029 - Blow-Up - Depois Daquele Beijo (Blowup, Reino Unido | Itália | Estados Unidos, 1966)

030 - Boêmio Encantador (Holiday, Estados Unidos, 1938)

031 - Boulevard do Crime, O (Les Enfants du Paradis, França, 1945)

032 - Boxtrolls, Os (The Boxtrolls, Estados Unidos, 2014)


034 - Cake: Uma Razão para Viver (Cake, Estados Unidos, 2014)

035 - Caminhos da Floresta (Into the Woods, Estados Unidos | Reino Unido | Canadá, 2014)

036 - Cante um Funk para um Filme (Cante um Funk para um Filme, Brasil, 2007)

037 - Carícia Fatal (Ratos e Homens) (Of Mice and Men, Estados Unidos, 1939)

038 - Carrossel da Esperança (Jour de Fête, França, 1949)

039 - Casa de Bambu (House of Bamboo, Estados Unidos, 1955)

040 - Casal Osterman, O (The Osterman Weekend, Estados Unidos, 1983)


042 - Ceia dos Acusados, A (The Thin Man, Estados Unidos, 1934)

043 - Céu que nos Protege, O (The Sheltering Sky, Reino Unido | Itália, 1990)

044 - Cinzas no Paraíso (Days of Heaven, Estados Unidos, 1978)

045 - Clube dos Cinco (The Breakfast Club, Estados Unidos, 1985)


047 - Como Treinar o seu Dragão 2 (How to Train your Dragon 2, Estados Unidos, 2014)

048 - Conto da Princesa Kaguya, O (Kaguyahime no Monogatari, Japão, 2013)

049 - Contos da Lua Vaga (Ugetsu Monogatari, Japão, 1953)

050 - Contrastes Humanos (Sullivan’s Travels, Estados Unidos, 1941)

051 - Corcunda de Notre Dame, O (The Hunchback of Notre Dame, Estados Unidos, 1939)


053 - De Onde se Avistam as Chaminés (Entotsu no Mieru Basho, Japão, 1953)

054 - Deixe a Luz Acesa (Keep the Lights On, Estados Unidos, 2012)

055 - Demônio da Argélia, O (Pépé le Moko, França, 1937)

056 - Demônio das Onze Horas, O (Pierrot le Fou, França | Itália, 1965)

057 - Departamento Q - Guardiões das Causas Perdidas (Kvinden i Buret, Dinamarca | Alemanha | Suécia, 2013)

058 - Desconstruindo Harry (Deconstructing Harry, Estados Unidos, 1997)

059 - Deserto Azul (Deserto Azul, Brasil | Chile, 2013)

060 - Dia nas Corridas, Um (A Day at the Races, Estados Unidos, 1937)

061 - 2 Coelhos (2 Coelhos, Brasil, 2012)

062 - Dois Dias, uma Noite (Deux Jours, une Nuit, Bélgica | França | Itália, 2014)

063 - Dragões da Violência (Forty Guns, Estados Unidos, 1957)

064 - Duelo Silencioso (Shizukanaru Kettô, Japão, 1949)

065 - Duna (Dune, Estados Unidos, 1984)

066 - Dúvida (Doubt, Estados Unidos, 2008)

067 - E aí, Meu Irmão, Cadê Você? (O Brother, Where Art Thou?, Reino Unido | França | Estados Unidos, 2000)


069 - Elas só Transam no Disco (Elas só Transam no Disco, Brasil, 1983)

070 - Elite de Assassinos (The Killer Elite, Estados Unidos, 1975)

071 - Em Trânsito (Em Trânsito, Brasil, 2013)

072 - Enigma para Demônios (Enigma para Demônios, Brasil, 1975)

073 - Era uma Vez em Tóquio (Tôkyô Monogatari, Japão, 1953)

074 - Esculacho (Esculacho, Brasil, 2013)

075 - Espantalho (Scarecrow, Estados Unidos, 1973)

076 - Estranho Mundo de Jack, O (The Nightmare Before Christmas, Estados Unidos, 1993)

077 - Exterminador do Futuro, O (The Terminator, Reino Unido | Estados Unidos, 1984)

078 - Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final, O (Terminator 2: Judgment Day, Estados Unidos | França, 1991)

079 - Família Bélier, A (La Famille Bélier, França | Bélgica, 2014)

080 - Fargo - Uma Comédia de Erros (Fargo, Estados Unidos | Reino Unido, 1996)

081 - Festa de Família (Festen, Dinamarca | Suécia, 1998)

082 - Filho Único (Hitori Musuko, Japão, 1936)

083 - Filme para Poeta Cego (Filme para Poeta Cego, Brasil | Cuba, 2012)

084 - Fotografia Oculta de Vivian Maier, A (Finding Vivian Maier, Estados Unidos, 2013)

085 - Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo (Foxcatcher, Estados Unidos, 2014)

086 - Frances Ha (Frances Ha, Estados Unidos, 2012)

087 - French Cancan (French Cancan, França | Itália, 1954)

088 - Frenesi (Frenzy, Reino Unido, 1972)

089 - Fúria Sanguinária (White Heat, Estados Unidos, 1949)

090 - Garota Exemplar (Gone Girl, Estados Unidos, 2014)

091 - Garoto de Bicicleta, O (Le Gamin au Vélo, Bélgica | França | Itália, 2011)

092 - Gigante de Ferro, O (The Iron Giant, Estados Unidos, 1999)

093 - Gilbert Grape: Aprendiz de Sonhador (What’s Eating Gilbert Grape, Estados Unidos, 1993)

094 - Grande Ilusão, A (La Grande Illusion, França, 1937)

095 - Guarda-Chuvas do Amor, Os (Les Parapluies de Cherbourg, França | Alemanha Ocidental, 1964)

096 - Gunga Din (Gunga Din, Estados Unidos, 1939)

097 - Halloween - A Noite do Terror (Halloween, Estados Unidos, 1978)

098 - Herói de Mentira (Hail the Conquering Hero, Estados Unidos, 1944)

099 - Heróis Esquecidos (The Roaring Twenties, Estados Unidos, 1939)

100 - História Real, Uma (The Straight Story, França | Reino Unido | Estados Unidos, 1999)

101 - Homem das Multidões, O (O Homem das Multidões, Brasil, 2013)

102 - Homem Morto (Dead Man, Estados Unidos | Alemanha | Japão, 1995)

103 - Homem que Amava as Mulheres, O (L’Homme qui Aimait les Femmes, França, 1977)

104 - Hora Mágica, A (A Hora Mágica, Brasil, 1999)

105 - Ida (Ida, Polônia | Dinamarca | França | Reino Unido, 2013)

106 - Imagens (Images, Reino Unido | Estados Unidos, 1972)

107 - Implacáveis: Fuga Perigosa, Os (The Getaway, Estados Unidos, 1972)

108 - Inimigo Público (The Public Enemy, Estados Unidos, 1931)


110 - Inquilino, O (Le Locataire, França, 1976)

111 - Intendente Sanshô, O (Sanshô Dayû, Japão, 1954)

112 - Interestelar (Interstellar, Estados Unidos | Reino Unido | Canadá, 2014)

113 - Invasores de Corpos, Os - A Invasão Continua (Body Snatchers, Estados Unidos, 1993)


115 - Irene, a Teimosa (My Man Godfrey, Estados Unidos, 1936)

116 - Irmãos Cara de Pau, Os (The Blues Brothers, Estados Unidos, 1980)

117 - Irmãos Marx no Circo, Os (At the Circus, Estados Unidos, 1939)

118 - Irmãs Diabólicas (Sisters, Estados Unidos, 1973)

119 - Janela Indiscreta (Rear Window, Estados Unidos, 1954)

120 - Jogo da Imitação, O (The Imitation Game, Reino Unido | Estados Unidos, 2014)

121 - Juiz, O (The Judge, Estados Unidos, 2014)

122 - Juno (Juno, Estados Unidos, 2007)

123 - Juventude sem Arrependimento (Waga Seishun ni Kuinashi, Japão, 1946)

124 - Kill Bill: Volume 1 (Kill Bill: Vol. 1, Estados Unidos, 2003)

125 - Kill Bill: Volume 2 (Kill Bill: Vol. 2, Estados Unidos, 2004)

126 - Ladrão de Casaca (To Catch a Thief, Estados Unidos, 1955)

127 - Leviatã (Leviafan, Rússia, 2014)

128 - Libertador (Libertador, Venezuela | Espanha, 2013)

129 - Lira do Delírio, A (A Lira do Delírio, Brasil, 1978)

130 - Livre (Wild, Estados Unidos, 2014)

131 - Lobo atrás da Porta, O (O Lobo atrás da Porta, Brasil, 2013)

132 - Locke (Locke, Reino Unido | Estados Unidos, 2013)

133 - Lucia de B. (Lucia de B., Holanda | Suécia, 2014)

134 - Lucy (Lucy, França, 2014)

135 - Magia ao Luar (Magic in the Moonlight, Estados Unidos | Reino Unido, 2014)


137 - Maldição do Demônio, A (La Maschera del Demonio, Itália, 1960)

138 - Manuscrito de Saragoça, O (Rekopis Znaleziony w Saragossie, Polônia, 1965)

139 - Mapas para as Estrelas (Maps to the Stars, Canadá | Alemanha | França | Estados Unidos, 2014)

140 - Médico e o Monstro, O (Dr. Jekyll and Mr. Hyde, Estados Unidos, 1931)

141 - Meu Ódio Será sua Herança (The Wild Bunch, Estados Unidos, 1969)

142 - Mocidade de Lincoln, A (Young Mr. Lincoln, Estados Unidos, 1939)

143 - Morro dos Ventos Uivantes, O (Wuthering Heights, Estados Unidos, 1939)

144 - Morte não manda Recado, A (The Ballad of Cable Hogue, Estados Unidos, 1970)

145 - Mortos Caminham, Os (Merrill’s Marauders, Estados Unidos, 1962)

146 - Mulher do Dia, A (Woman of the Year, Estados Unidos, 1942)

147 - Mulher faz o Homem, A (Mr. Smith Goes to Washington, Estados Unidos, 1939)

148 - Mulheres, As (The Women, Estados Unidos, 1939)

149 - Mundo é uma Cabeça, O (O Mundo é uma Cabeça, Brasil, 2004)

150 - Música de Gion, A (Gion Bayashi, Japão, 1953)

151 - Mutantes, Os (Os Mutantes, Brasil, 1970)

152 - No Tempo das Diligências (Stagecoach, Estados Unidos, 1939)

153 - Noite do Espantalho, A (A Noite do Espantalho, Brasil, 1974)

154 - Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall, Estados Unidos, 1977)

155 - Nos Domínios do Terror (Twice-Told Tales, Estados Unidos, 1963)

156 - Nova Dubai (Nova Dubai, Brasil, 2014)

157 - Nova Saga do Clã Taira, A (Shin Heike Monogatari, Japão, 1955)


159 - Olhos sem Rosto, Os (Les Yeux sans Visage, França | Itália, 1960)

160 - Operação Big Hero (Big Hero 6, Estados Unidos, 2014)

161 - Ouvir o Rio (Ouvir o Rio, Brasil, 2013)

162 - Pai e Filha (Banshun, Japão, 1949)

163 - Para Sempre Alice (Still Alice, Estados Unidos | França, 2014)

164 - Paraíso Infernal, O (Only Angels Have Wings, Estados Unidos, 1939)

165 - Paris, Texas (Paris, Texas, Alemanha Ocidental | França | Reino Unido, 1984)

166 - Parque Soviético (Parque Soviético, Brasil, 2013)

167 - Passageiro - Profissão: Repórter, O (Professione: Reporter, Itália | Espanha | França, 1975)

168 - Pequeno Nicolau, O (Le Petit Nicolas, França | Bélgica, 2009)

169 - Performance (Performance, Reino Unido, 1970)

170 - Pickpocket - O Batedor de Carteiras (Pickpocket, França, 1959)

171 - Por quem os Sinos Dobram (For Whom the Bell Tolls, Estados Unidos, 1943)

172 - Portal do Inferno (Jigokumon, Japão, 1953)

173 - Priscilla, a Rainha do Deserto (The Adventures of Priscilla, Queen of the Desert, Austrália | Reino Unido, 1994)

174 - Profecia, A (The Omen, Estados Unidos | Reino Unido, 1976)

175 - Profundo Desejo dos Deuses, O (Kamigami no Fukaki Yokubô, Japão, 1968)

176 - Proibido! (Verboten!, Estados Unidos, 1959)

177 - Pusher (Pusher, Dinamarca, 1996)

178 - Quadrophenia (Quadrophenia, Reino Unido, 1979)

179 - Quanto mais quente Melhor (Some Like it Hot, Estados Unidos, 1959)

180 - Queda da Casa de Usher, A (La Chute de la Maison Usher, França, 1928)

181 - Quimono Escarlate, O (The Crimson Kimono, Estados Unidos, 1959)

182 - Rocco e seus Irmãos (Rocco e i suoi Fratelli, Itália | França, 1960)

183 - Rota ABC (Rota ABC, Brasil, 1991)

184 - Rotina tem seu Encanto, A (Sanma no Aji, Japão, 1962)

185 - Samba (Samba, França, 2014)

186 - Sangue de Artista (Babes in Arms, Estados Unidos, 1939)


188 - Selma: Uma Luta pela Igualdade (Selma, Reino Unido | Estados Unidos, 2014)

189 - Selvagem da Motocicleta, O (Rumble Fish, Estados Unidos, 1983)

190 - Serra (Serra, Brasil, 2013)

191 - Sete Suspeitos, Os (Clue, Estados Unidos, 1985)

192 - Sexo, Drogas e Impostos (Spies & Glistrup, Dinamarca, 2013)

193 - Sniper Americano (American Sniper, Estados Unidos, 2014)

194 - Sob a Pele (Under the Skin, Reino Unido | Estados Unidos | Suíça, 2013)

195 - Sob Controle (Surveillance, Estados Unidos | Alemanha | Canadá, 2008)


197 - Solaris (Solyaris, União Soviética, 1972)

198 - Som Diferente, Um (Pump Up the Volume, Canadá | Estados Unidos, 1990)

199 - Sono de Inverno (Kis Uykusu, Turquia | França | Alemanha, 2014)

200 - Space Jam - O Jogo do Século (Space Jam, Estados Unidos, 1996)

201 - Suspiria (Suspiria, Itália, 1977)

202 - Tangerinas (Mandariinid, Estônia | Geórgia, 2013)

203 - Tarde Demais (The Heiress, Estados Unidos, 1949)


205 - Teoria de Tudo, A (The Theory of Everything, Reino Unido, 2014)

206 - Terra de Ninguém (Badlands, Estados Unidos, 1973)

207 - Tokyo-Ga (Tokyo-Ga, Estados Unidos | Alemanha Ocidental, 1985)

208 - Tomboy (Tomboy, França, 2011)

209 - Tommy (Tommy, Reino Unido, 1975)

210 - Trágica Obsessão (Obsession, Estados Unidos, 1976)

211 - Trash Humpers (Trash Humpers, Estados Unidos | Reino Unido | França, 2009)

212 - Três Mulheres (3 Women, Estados Unidos, 1977)

213 - Triunfo (Triunfo, Brasil, 2014)

214 - Ulime (Ulime, Cabo Verde, 2010)


216 - Último Metrô, O (Le Dernier Métro, França, 1980)

217 - Van Gogh (Van Gogh, França, 1991)

218 - Veludo Azul (Blue Velvet, Estados Unidos, 1986)

219 - Viagem à Lua (Le Voyage dans la Lune, França, 1902)

220 - Vida de Casado (Meshi, Japão, 1951)

221 - Vida de O’Haru, A (Saikaku Ichidai Onna, Japão, 1952)

222 - Virunga (Virunga, Reino Unido | Congo, 2014)

223 - Visitante, O (The Visitor, Estados Unidos, 2007)

224 - Vitória Amarga (Dark Victory, Estados Unidos, 1939)

225 - Você vai Conhecer o Homem dos seus Sonhos (You Will Meet a Tall Dark Stranger, Estados Unidos | Espanha, 2010)

226 - Whiplash: Em Busca da Perfeição (Whiplash, Estados Unidos, 2014)

227 - You Rock My World (You Rock My World, Estados Unidos, 2001)

228 - Zombie - O Despertar dos Mortos (Dawn of the Dead, Itália | Estados Unidos, 1978)

* "Hugo" (2011) - Paramount Pictures [us] | GK Films [us] | Infinitum Nihil [us]  

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Memórias #11 | Magali Noël (1932 - 2015)

Para aqueles que sonham e suspiram apaixonadamente em cada filme assistido, fica nítido que a sensualidade e os desejos à flor da pele assumem contornos cada vez mais enternecidos ao longo dos anos. Transcorridos quase seis meses da morte de Anita Ekberg, agora foi a vez de Magali Noël (mais uma das eternas musas do cinema felliniano) partir e já nos deixar saudades. Filha de pais franceses e nascida na Turquia, a atriz e cantora faleceu nesta última terça-feira (dia 23), aos 82 anos, em Châteauneuf-Grasse, sul da França.

Assim como a esplendorosa atriz sueca, a não menos bela Magali Noël habitou o imaginário luxurioso de Federico Fellini em seu notável “A Doce Vida” (1960) interpretando Fanny, a tempestiva dançarina do Cha-Cha-Cha Club frequentado por Marcello Rubini e Paparazzo. Com o cineasta italiano, a atriz ainda trabalhou no fantasioso “Satyricon” (1969), mas foi em outra primorosa obra de Fellini que ela conquistou grande destaque dando vida à veemente e voraz cabeleireira Gradisca, objeto de desejo de quase todos os homens de Rimini, a pequena cidade litorânea retratada em “Amarcord” (1973).

Revelando a vocação para as artes dramáticas desde muito jovem, Magali Noël frequentava o curso de teatro e interpretação da atriz Catherine Fonteney e trabalhava como corista num cabaré em Paris. Aos 17 anos a atriz já esbanjava voluptuosidade no “Teatro de Revista” bem antes de ser uma das lascivas inspirações de Fellini. Dois anos mais tarde estreava no cinema em “Demain nous Divorçons” (1951) de Louis Cuny na pele de Jeanne, uma jovem provocante e atirada, dando os primeiros indícios das características que acompanhariam a maioria de suas personagens ao longo da carreira.

Talentosa e com múltiplas habilidades (atuação, canto e dança), Magali Noël ganhou a sua primeira grande chance de despontar como uma estrela no drama noir “Rififi” (1955) de Jules Dassin e não decepcionou. O sucesso de sua performance como Viviane (não por acaso, uma cantora de cabaré) agradou muito aos críticos de cinema na época, principalmente pelos números musicais. Seu desempenho nas telas ainda impressionou profissionais de outros ramos artísticos como, por exemplo, o poeta, músico e “cantautor” francês Boris Vian.

Magali Noël em "Rififi" (1955) de Jules Dassin
Pathé Consortium Cinéma [fr] | Indusfilms [fr] | Société Nouvelle Pathé Cinéma [fr] | Primafilm [it]

O interesse de Boris Vian pelo virtuosismo musical da atriz originou, inclusive, uma das mais incríveis parcerias da música popular na França. Com letra de Vian e música de Alain Goraguer, “Fais-moi mal, Johnny” é considerado um dos primeiros temas de rock and roll cantados em língua francesa. Censurada na época por seu conteúdo demasiadamente ousado, a canção marca definitivamente a carreira de Magali Noël também como cantora, pois ela emprestara a voz para este audacioso e memorável clássico gravado em 1956. A partir deste momento, Magali ainda garantia e prolongava o seu sucesso novamente para a o teatro, estendendo-o para a televisão.

Ao longa de sua carreira no cinema, Magali Noël figurou principalmente em produções de França e de Itália. Em seus trabalhos, a atriz sempre transbordava o dom e o talento para a comédia, incorporando o humor típico de cada um desses países. A sua inclinação para o viés cômico e o seu temperamento ácido podem ser apreciados tanto nas obras de grandes diretores do clássico e charmosos cinema francês como no caso de “As Grandes Manobras” (1955) de René Clair, “Estranhas Coisas de Paris” (1956) de Jean Renoir, e “Amantes e Ladrões” (1957) de Sacha Guitry; quanto nas extravagâncias macarrônicas de produções italianas como “Dois Fugitivos Azarados” (1959) de Giorgio Simonelli, “Totò e Cleópatra” (1963) de Fernando Cerchio e “Oltraggio al Pudore” (1964) de Silvio Amadio.

Entremeando as comédias leves e os vislumbres sexuais de Fellini, ainda podemos encontrar grandes trabalhos na vasta filmografia de Magali Noël, como os ótimos suspenses “Chantagem” (1955) de Guy Lefranc, “Vampiros do Sexo” (1959) de Édouard Molinaro e “O Acidente” (1963) de Edmond T. Gréville; os melodramas “As Possuídas” (1956) e “Prisioneiros do Desejo” (1958), ambos dirigidos por Charles Brabant; além dos demais filmes que estão indicados logo ao final deste artigo.

Encantadora, assim como as inúmeras musas de um cinema devasso (porém, disfarçadamente comportado), Magali Noël somava a sua estonteante beleza ao seu inconcusso talento, repleto de originalidade e virtuosismo. O surgimento de artistas belas e, acima de tudo, competentes como ela será cada vez mais raro, e é por isso que a sua ausência é, desde ontem, muito sentida.

Descanse em paz... (1932 - 2015)

Dez filmes com Magali Noël que indico (em ordem de predileção):

01 - Z (1969) - de Costa-Gavras

02 - Rififi (1955) - de Jules Dassin

03 - Amarcord (1973) - de Federico Fellini

04 - A Doce Vida (1960) - de Federico Fellini

05 - Satyricon de Fellini (1969) - de Federico Fellini

06 - Os Encontros de Anna (1978) - de Chantal Akerman

07 - A Ilha do Desejo (1959) - de Edmond T. Gréville

08 - Mulheres na Vitrina (1961) - de Luciano Emmer

09 - Antro do Vício (1955) - de Henri Decoin

10 - O Despertar do Vício (1960) - de Julien Duvivier

Magali Noël com Bruno Zanin em "Amarcord" (1973) de Federico Fellini - F. C. Produzioni | PECF [fr]

terça-feira, 16 de junho de 2015

“O Tempo não Existe no Lugar em que Estamos” de Dellani Lima é destaque do Projeto “Cinema em Transe” nesta terça no Sesc Palladium | Rotina em Belo Horizonte

Entristecido sem beirar o depressivo e saudosista sem se esbarra no glorificante, “O Tempo não Existe no Lugar em que Estamos” de Dellani Lima dará sequência à extraordinária programação do Projeto “Cinema em Transe” em 2015. O longa do diretor paraibano radicado em Belo Horizonte pode ser conferido hoje, às 20:00, na Sala Professor José Tavares de Barros do Sesc Palladium, no centro da capital.

Inserido em um mundo que passa por abrupta transição e chegando bem próximo de sua aposentadoria, o ex-repórter fotográfico Aldo (André Gatti) é demitido de maneira súbita da universidade onde lecionava. Sem nenhuma perspectiva de um novo emprego, ele decide vender todos os seus antigos equipamentos de trabalho, além de outros objetos do seu escritório. Aldo ainda resolve queimar grande parte de seu acervo de fotos e, a partir desse momento, uma série de acontecimentos imprevisíveis se desenrolam e acabam mudando a sua vida para sempre.

O impacto do tempo e a inquietação das memórias traduzem a incrível simplicidade de nossas ações ao longo da vida (seja a pessoal ou a profissional), e isso acaba nos fazendo refletir sobre até que ponto somos valorizados pelo que fazemos. Ao revisitar o seu passado, Aldo percebe que a perseverança e a dedicação profissional que possuía nos tempos de outrora foi sufocada pela modernização midiática e pela velocidade informacional do mundo contemporâneo. Consumido por efemérides e lidando com rotineiros dilemas domésticos, o fotojornalista terá que buscar o seu renascimento.

Humanamente profundo e questionador, “O Tempo não Existe no Lugar em que Estamos” foi eleito pelo Júri Jovem da 18ª. Edição da Mostra de Cinema de Tiradentes o longa vencedor da “Mostra Transições” que sempre destaca filmes onde os olhares cinematográficos em construção são percebidos e que ainda procuram garantir, ao longo da carreira de jovens autores em reconhecimento, expectativas proeminentes em relação ao lançamento de futuros trabalhos em circuito nacional e no cenário das produções independentes.

"O Tempo não Existe no Lugar em que Estamos" (2014) de Dellani Lima - Colégio Invisível [br]

Nascido em Campina Grande (PB), Dellani Lima teve sua formação profissional estabelecida em Fortaleza entre os anos de 1996 e 2000, onde estudou "Realização em Cinema e Televisão" e "Dramaturgia" pelo Instituto Dragão do Mar de Arte e Indústria Audiovisual do Ceará. Desde então vive e trabalha em Belo Horizonte, onde realiza uma série de projetos cinematográficos distribuídos entre curtas-metragens, longas documentais e videoclipes musicais, se estabelecendo como uma das figuras mais distintas de uma recente cena cultural alternativa.

O flerte com a videoarte e com o cinema experimental permitem que o diretor empregue em seus trabalhos, com absoluto entusiasmo e originalidade, o vigor poético que as imagens e os sons naturalmente oferecem ao longo dessa vida corriqueira, inclusive neste último. Artista multimídia de peculiares trabalhos, Dellani Lima estará presente na Sala Professor José Tavares de Barros nesta noite para participar de um debate sobre "O Tempo não Existe no Lugar em que Estamos" logo após a sua projeção.

Criado em janeiro de 2013 com o intuito de promover o Cinema Nacional, o Projeto “Cinema em Transe” se transformou em um importante veículo para a disseminação de produções lançadas recentemente e que obtiveram destaque significativo em festivais de cinema pelo Brasil e pelo mundo. Ao longo desses últimos dois anos, as ações do projeto contribuíram muito para a divulgação e difusão do cinema produzido no país, explorando vários temas e possibilitando um contato maior do público com importantes obras da nossa cinematografia, por vezes raras e de difícil acesso.

Ressalvando o enorme valor cultural do projeto, vale lembrar que as exibições no Sesc Palladium são quinzenais e em sessão única. Dessa forma, se a divulgação desses filmes não for feita permanentemente, muitos deles continuarão enfrentando grandes dificuldades para se lançarem no circuito comercial. Alguns desses excelentes filmes, por exemplo, são inéditos em Belo Horizonte e, lamentavelmente, terão pouco ou nenhum destaque nas salas de cinema da cidade. Confira, então, as produções já exibidas pelo projeto em 2015 com o link para os respectivos artigos e ajudem a divulgá-los:







Viva o Cineclubismo e viva o Cinema Nacional!


Observação: a entrada para a sessão de “O Tempo não Existe no Lugar em que Estamos” esta noite é gratuita, mas é necessário retirar os ingressos na bilheteria do Sesc Palladium duas horas antes da sessão. O espaço está sujeito a lotação.

A Sala Professor José Tavares de Barros está localizada no Sesc Palladium, na Avenida Augusto de Lima 420, centro de Belo Horizonte.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Três Assim #6 | Billy Wilder: o Mestre dos Roteiros Inteligentes

“Três Assim” chega mais uma vez com dicas especiais para o seu próximo fim de semana e aproveita para rechaçar a previsível falta de originalidade que desmantela, ano após ano, as melhores intenções de apaixonados circunscritos frente a comercial data do Dia dos Namorados. A coluna de hoje oferece aos leitores sugestões de comédias que, assim como a vida, são amalucadas e sempre possuem aquele singelo toque de romance. Os três filmes indicados animarão desde os casais afogueados até os solitários mais arredios, e ainda relembrarão e aclamarão um dos principais mestres da arte de contar boas histórias: o diretor, produtor e roteirista Billy Wilder.

Polonês radicado nos Estados Unidos antes mesmo do início dos conflitos da Segunda Guerra Mundial, Billy Wilder, que trabalhava como jornalista na Europa, começou a escrever os seus primeiros roteiros empregando justamente um olhar crítico e provocativo em relação a questões triviais e intrínsecas ao ser humano. Com excepcional inteligência e espírito visionário, não foi muito difícil para que ele conquistasse os grandes estúdios de Hollywood com suas peças de tramas envolventes, responsáveis por considerá-lo, tempos depois, uma das mentes mais brilhantes da indústria cinematográfica. Wilder é responsável, por exemplo, pelos incríveis roteiros de “Ninotchka” (1939) de Ernst Lubitsch e “Bola de Fogo” (1941) de Howard Hawks.

Billy Wilder era astucioso, e tinha o raro poder de conseguir transitar entre diversos gêneros cinematográficos sem que seus filmes perdessem a sua peculiar e costumeira qualidade. Entretanto, a familiaridade e o domínio mais íntimo do gênero da comédia podem ser observados com mais clareza dentro da segunda metade da carreira de Wilder enquanto diretor. Em seus últimos filmes, ainda estão impressas a solidez e o sucesso da parceria com o também roteirista I. A. L. Diamond, famoso anteriormente pelos roteiros de “Dois Aventureiros do Texas” (1948) de David Butler e “O Inventor da Mocidade” (1952) de Howard Hawks.

Wilder e Diamond trabalharam juntos de “Amor na Tarde” (1957) até “Amigos, Amigos, Negócios à Parte” (1981) totalizando 12 filmes roteirizados pelos dois e dirigidos pelo polonês. Com a ressalva da obscurecida trama de humor negro “A Vida Íntima de Sherlock Holmes” (1970), e resguardadas as características de um sufocante suspense que classificam “Fedora” (1978) como um drama, todos os demais filmes da dupla de roteiristas abusam do romance e de aprazíveis dissimulações para nos contarem divertidas histórias.

As indicações de hoje ainda chegam a dialogar com a Mostra das “Screwball Comedy”, que vem fazendo sucesso entre o público aqui de Belo Horizonte desde o dia 5 de junho. As comédias absurdas faziam muito sucesso na era dourada de Hollywood (anos 30 e 40), e Billy Wilder, como não poderia deixar de ser, também se inseriu dentro deste contexto. Na Mostra em questão o público tem, inclusive, a chance de conferir o seu admiravelmente divertido “A Incrível Suzana” (1942).

A seu modo, as comédias realizadas por Wilder nos anos consecutivos à essa época gloriosa conservaram todas as características que flertavam com essa “razoabilidade ilógica” e, muito embora tenham sido produzidos no início da década de 60, continuaram divertindo grandes plateias da mesma forma leve e descompromissada. E sabendo que falar de Billy Wilder é sinônimo de falar de bons filmes, confira, enfim, as nossas três recomendações que, apesar de terem perdido um pouco do brilho por se seguirem após os estrondosos sucessos de “Quanto mais quente Melhor” (1959) e “Se meu Apartamento Falasse” (1960), são discricionariamente excelentes e não podem deixar de serem vistas:

Cupido não tem Bandeira (One, Two, Three, Estados Unidos, 1961)

Direção: Billy Wilder

C. R. MacNamara (James Cagney) é um médio executivo da Coca-Cola que aguarda ansiosamente a sua promoção para um cargo mais respeitado da multinacional em Londres. MacNamara administra como pode a conturbada filial da empresa em Berlim Ocidental. O gerente vê seus sonhos e planos ameaçados quando recebe a notícia da visita de Scarlett Hazeltine (Pamela Tiffin), a filha do se chefe, que passará a temporada de férias na capital alemã e deve ser mantida sob sua guarda.

O ambiente de aparente e relativa tranquilidade desaba e a desordem se instaura quando MacNamara, desesperado e temendo uma demissão, descobre que Scarlett se casou em segredo com Otto Ludwig Piffl (Horst Buchholz), um jovem suspeito de envolvimento com comunistas na porção oriental da cidade.

"One, Two, Three" (1961) de Billy Wilder - Bavaria Film [de] | The Mirisch Corporation [us] | Pyramid Productions [us]

Irma la Douce (Irma la Douce, Estados Unidos, 1963)

Direção: Billy Wilder

Nestor Patou (Jack Lemmon) é um honesto policial que foi transferido para uma desregrada região de meretrício dos subúrbios de Paris. Durante o seu serviço ele conhece Irma (Shirley MacLaine), uma prostituta pela qual se apaixona instantaneamente. Após uma confusão generalizada provocada por um excesso de virtuosismo e honradez à sua corporação, Nestor acaba sendo punido com a demissão e passa a viver com Irma, transformando-se rapidamente em seu cafetão.

Ciumento, o ex-policial não permite que prostituta se encontre com mais nenhum homem, a não ser ele mesmo. Tentando tirar Irma da vida libertina, ele começa a pagar por todo o tempo de trabalho da moça, mas a tarefa não será tão simples, até que o inusitado surgimento do misterioso Lorde X poderá ajudar ou atrapalhar as intenções de Nestor com a amada.

"Irma la Douce" (1963) de Billy Wilder - The Mirisch Corporation [us] | Phalanx Productions

Beija-me, Idiota (Kiss me, Stupid, Estados Unidos, 1964)

Direção: Billy Wilder

Em uma hilariante autoparódia, Dean Martin interpreta o canastrão “Dino”, um cantor mundialmente conhecido que passa pela pequena Climax, Nevada, e conhece dois sonhadores e aspirantes a compositores. Barney (Cliff Osmond) é o abelhudo atendente do posto de gasolina da cidade, já Orville Spooner (Ray Walston) um humilde professor de piano. O que Dino não esperava é que seus dois novos amigos haviam elaborado um plano com o objetivo de detê-lo em Climax para que ele escutasse as canções da dupla.

Por outro lado, o astro cara-de-pau demonstrou o seu insaciável apetite por mulheres, pretendendo aproveitar o seu tempo encalhado na cidadezinha da melhor maneira possível. Ciumento, Orville ainda descobre que Zelda (Felicia Farr), sua bela esposa, fora presidente do fã-clube de Dino. Diante disso, ele a dispensa por uma noite e contrata a sedutora Polly the Pistol (Kim Novak), uma espécie de esposa substituta que deixará o cantor “cheio de vontade” de comprar o direito das músicas.

"Kiss Me, Stupid" (1964) de Billy Wilder - The Mirisch Corporation [us] | Phalanx Productions | Claude Productions [us]

É ISSO... BOM FIM DE SEMANA E BOAS SESSÕES!

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Memórias #10 | Christopher Lee (1922 - 2015)

Sir Christopher Frank Carandini Lee ou, para os fãs e amantes do seu cinema, simplesmente Christopher Lee! Com pouco mais de 200 filmes em um currículo preenchido ao longo de 67 anos de carreira, o lendário ator britânico decidiu descansar. Lee faleceu neste último domingo (dia 7 de junho) por conta de uma insuficiência cardíaca e respiratória, segundo informou o jornal “The Telegraph” na manhã de hoje.

Ex-combatente da Segunda Guerra Mundial, ator, dublador e eventual músico, Christopher Lee iniciou a sua carreira no cinema no final da década de 40 participando, inclusive, de uma das mais clássicas adaptações de “Hamlet” para o Cinema. No filme de 1948, dirigido e estrelado por Laurence Olivier, Lee fez apenas pequenas aparições como figurante, mas, com esse seu primeiro envolvimento com a Sétima Arte e em uma grande produção, acabou se credenciando como um dos mais jovens e promissores atores da época, até mesmo porque já havia desempenhado, nesse mesmo ano, papéis convincentes como coadjuvante dos filmes “Escravo do Passado” (1948) de Terence Youg, e “Epopeia Trágica” (1948) de Charles Frend.

O ator Christopher Lee (1922 - 2015) - Getty Images [us]

Na década seguinte, Christopher Lee começou a chamar a atenção de diretores tanto do cinema quanto da televisão, além de produtores de estúdios de médio e grande porte das indústrias britânica e hollywoodiana. Entre os anos de 1953 e 1956, o ator participou do “Douglas Fairbanks, Jr., Presents”, e entre 1956 e 1957 do “The Errol Flynn Theatre”, ambos programas de televisão que apresentavam esquetes ou tramas de curta duração que se resolviam em apenas um episódio.

Em meados dos anos 60, protagonizou “The Sign of Satan”, episódio que fez parte da série mundialmente famosa “The Alfred Hitchcock Hour” (1962 - 1965), programa nos mesmos moldes dos dois anteriores e que tinham como apresentador anfitrião o grande mestre do suspense, Alfred Hitchcock. Conduzidas por sua potente e inesquecível voz, as interpretações (por vezes) sombrias de Christopher Lee já eram visadas como a “matéria-prima” tão desejada pela Hammer Film Productions, que tinha a ambiciosa meta de alavancar as suas produções.

Durante este período em que atuou na televisão e em filmes de baixo orçamento, Christopher Lee enfim assinou contrato com a produtora britânica que era notável por seus assustadores filmes de terror. O ator teve desempenhos aterrorizantes e misteriosos em filmes como “A Maldição de Frankenstein” (1957) (uma coprodução Hammer e Warner Bros.), “A Múmia” (1959), e “O Monstro de Duas Caras” (1960). Porém, foi com o anterior “O Vampiro da Noite” (1958), onde interpretou o mítico (e midiático) Conde Drácula, que ele alcançou o seu maior sucesso e reconhecimento (desse que, até então, era o seu mais famoso personagem). É importante ressaltar que todos esses filmes citados da fase Hammer de Christopher Lee foram dirigidos pelo cineasta (e grande amigo) Terence Fisher.

Christopher Lee em "Dracula" (1958) de Terence Fisher - Hammer Film Productions [gb]

Resguardando devidamente o lugar de Bela Lugosi no Olimpo do Cinema de Terror, Christopher Lee talvez tenha sido o ator que mais e melhor representou o temível Conde Drácula. Ao todo foram 11 filmes, sendo que os mais famosos são “Drácula, o Príncipe das Trevas” (1966) também de Terence Fisher, “Drácula, o Perfil do Diabo” (1968) de Freddie Francis, e “O Conde Drácula” (1970) de Roy Ward Baker, além do clássico longa de 1958, obviamente.

Icônico e representativo, Christopher Lee tinha, de fato, o costume de atuar repetindo papéis em vários filmes e, assim como Drácula, o ator chegou a interpretar o cerebrino detetive Sherlock Holmes, dessa vez em três ocasiões: “Sherlock Holmes und das Halsband des Todes” (1962), novamente dirigido por Terence Fisher, “Sherlock Holmes and the Leading Lady” (1991) de Peter Sasdy, e “Sherlock Holmes: Incidente em Victoria Falls” (1992) de Bill Corcoran. Contudo, foram em outras adaptações da obra de Sir Arthur Conan Doyle que Lee se saiu melhor, “fugindo” da sapiência por vezes bondosa do investigador da Baker Street 221B para dar vida à personagens mais obscurecidos como Sir Henry de “O Cão dos Baskervilles” (1959) outra vez com Fisher, e o funesto irmão de Sherlock, Mycroft Holmes, no reflexivo, mas não menos engraçado “A Vida Íntima de Sherlock Holmes” (1970) de Billy Wilder.

A vilania era, de certa forma, inerente aos seus personagens, tanto que depois dessa longa retrospectiva ainda podemos destacar papéis intensamente fortes como o fantasmagórico Lorde Summerisle de “O Homem de Palha”, e o letal Scaramanga de “007 e o Homem com a Pistola de Ouro” (1974). Entretanto, foi ao entrar de cabeça no mundo do entretenimento que Christopher Lee se tornou internacionalmente, ou melhor, popularmente conhecido. O ator aceitou o convite tanto de George Lucas quanto de Peter Jackson para participar, de maneira concomitante, de duas das maiores franquias do cinema mundial.

Enquanto filmava como Conde Dooku em “Star Wars Episódio II: O Ataque dos Clones” (2002) com Lucas, Christopher Lee estava intensamente envolvido em seu projeto mais ambicioso: interpretar Saruman na “Trilogia Senhor dos Anéis” (2001 - 2003). Por muito pouco Saruman tenha ultrapassado Drácula como a sua figura mais representativa enquanto intérprete pois, além do fato de ter se conservado para reaparecer em “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada” (2012) e “O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos” (2014) muitos o conhecem somente por este papel. Com todos os pormenores, Christopher Lee é hoje um invariável e definitivo ícone da cultura popular com um imenso legado a ser preservado e semeado.

Christopher Lee em "The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring" (2001) de Peter Jackson
New Line Cinema [us] | WingNut Films [nz] | The Saul Zaentz Company [us]

O fato de ter trabalhado em grandes franquias de sucesso, ser dono de uma voz marcante e de ter o trabalho elogiado e, por vezes, até mesmo disputado pelos grandes diretores de Hollywood (além de ceder para os “moneymakers” Lucas e Jackson, em 2011 o ator ainda contribuiu com Martin Scorsese em “A Invenção de Hugo Cabret” justamente no momento em que voltava para a Hammer para filmar “A Inquilina”) transformam Christopher Lee em um daqueles pertinazes atores que realmente farão muita falta. Astros que, por nos terem emocionado bastante, já eram considerados imortais antes mesmo de deixarem a Terra.

O vigor e a paixão pelo cinema permitiram que Christopher Lee perdurasse por todos esses anos, trabalhando com intensidade até os seus últimos momentos nos brindando com papéis definitivos e inesquecíveis que nos fizeram e continuarão a nos fazer sonhar! Ele se vai com 93 anos, mas o tempo incrivelmente lhe faltou, pois ele ainda tinha (tem!) muito a nos oferecer.

Descanse em paz... (1922 - 2015)

Dez filmes com Christopher Lee que indico (em ordem de predileção):

01 - O Homem de Palha (1973) - de Robin Hardy

02 - O Vampiro da Noite (1958) - Terence Fisher

03 - Star Wars Episódio III: A Vingança dos Sith (2005) - de George Lucas

04 - Os Três Mosqueteiros (1973) - de Richard Lester

05 - Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel (2001) - de Peter Jackson

06 - Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (2003) - de Peter Jackson

07 - As Bodas de Satã (1968) - de Terence Fisher

08 - A Maldição de Frankenstein (1957) - de Terence Fisher

09 - A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça (1999) - de Tim Burton

10 - A Vida Íntima de Sherlock Holmes (1970) - de Billy Wilder

Christopher Lee em "The Wicker Man" (1973) de Robin Hardy - British Lion Film Corporation [gb]

Festival Varilux de Cinema Francês é foco cultural em 49 cidades brasileiras. “Samba” de Olivier Nakache e Eric Toledano é o grande destaque deste ano | Rotina no Brasil

Com a participação recorde de 49 cidades espalhadas por 17 Estados Brasileiros além do Distrito Federal teve início ontem, em mais de 80 salas de cinema do país, o Festival Varilux de Cinema Francês, que chega à sua sexta edição no ano de 2015. Ao todo serão exibidos, de 10 a 17 de junho, 16 filmes que representam de maneira exemplar a sempre elegante e reverenciada cinematografia francesa. A meta dos organizadores do evento é ultrapassar a marca de 110 mil espectadores nessa agitada semana.

Atrativos para alcançar os objetivos não faltarão, pois estão agrupadas para esta edição a mais variada seleção de recentes longas-metragens franceses (além de coproduções com outros países francófonos, como a Bélgica; e coproduções internacionais com países como a Espanha e o Reino Unido, por exemplo). Os gêneros predominantes são a comédia e a comédia romântica, mas não faltarão ao público mais exigente bons dramas ou comédias dramáticas. Ainda integram a eclética programação o excelente thriller “Na Próxima, Acerto no Coração” (2014) de Cédric Anger, e a animação “Asterix e o Domínio dos Deuses” (2014) de Louis Clichy e Alexandre Astier, certeza de sucesso entre as crianças.

Uma peculiaridade do Festival Varilux de Cinema Francês deste ano é fato de acontecer apenas um mês após o encerramento Festival de Cannes, um dos mais tradicionais e glamorosos do mundo. Aproveitando a proximidade entre os eventos, o longa de abertura de Cannes esse ano também será exibido por aqui. “De Cabeça Erguida” (2015) de Emmanuelle Bercot tem a belíssima Catherine Deneuve no elenco e conta a história de um jovem delinquente e a sua relação conturbada com um educador e uma juíza especializada em infância e adolescência (Deneuve). A diretora parisiense estará presente no Brasil para apresentar o longa em algumas sessões pelo país.

Entretanto, o grande destaque desta edição fica por conta do longa “Samba” (2014) dos cineastas Olivier Nakache e Eric Toledano, que obtiveram grande sucesso e prestígio no Brasil alguns anos atrás com filme “Intocáveis” (2011) com Omar Sy no elenco. Os diretores agora voltam a trabalhar com Sy, que interpreta Samba, um imigrante senegalês que vive há dez anos na França e, desde então, tem se mantido de forma ilegal no país à custa de subempregos. Ele terá a companhia de Alice (Charlotte Gainsbourg), uma executiva experiente que vem sofrendo com estafa devido ao seu estressante trabalho. Ambos lutam para vencer as adversidades da vida: ele faz o possível para obter os documentos necessários para conquistar um trabalho digno, e ela tenta recuperar a saúde e a boa forma rapidamente. Cabe ao destino determinar se a união dos dois virá através da busca de um bem comum.

Omar Sy em "Samba" (2014) de Olivier Nakache e Eric Toledano
Quad Producitions [fr] | Ten Films [fr] | Gaumont [fr] | TF1 Films Production [fr] | Korokoro [fr]

Tradicionalmente, o evento sempre traz ao país representantes de alguns dos filmes para a participação de debates com o público. Além de Nakache e Toledano que virão ao Brasil para comentar sobre “Samba”, estarão presentes em algumas sessões do festival artistas como Patrick Bruel, que atua tanto em “Sexo, Amor e Terapia” (2014) de Tonie Marshall quanto em “Os Olhos Amarelos dos Crocodilos” (2014) de Cécile Telerman; a atriz Audrey Dana, que estreou como diretora no longa “O que as Mulheres Querem” (2014); e Martin Bourboulon que dirige o ótimo drama familiar “Papa ou Maman” (2015).

Produzido pela Bonfilm, o Festival Varilux de Cinema Francês sempre traz novidades em relação a atividades paralelas que ultrapassam as barreiras da experiência da degustação cinematográfica. Atividades como oficinas de roteiros e “masterclasses” ministradas por profissionais da área estarão incluídas nos programas de algumas cidades, basta conferir no link variluxcinefrances.com/2015/eventos/. Entretanto, um dos eventos mais aguardados, pelo menos para a equipe do RotinaCinemeira, é o momento em que os organizadores trazem para o contato do grande e novo público apreciador do bom cinema a exibição de algum clássico francês restaurado. O filme escolhido para esse ano é “O Homem do Rio” (1964) de Philippe de Broca com o astro Jean-Paul Belmondo no elenco.

Filmado em Paris, no Rio de Janeiro, além de Brasília e do Estado do Amazonas, o longa acompanha um grupo de ladrões que planeja o roubo de uma relíquia amazônica no Musée del’Homme. O delito acaba gerando uma série de acontecimentos que permeiam o obscuro mundo do crime. Filha de um homem assassinado, Agnès Villermosa (Françoise Dorléac) é sequestrada, drogada e enviada em um avião para o Rio de Janeiro. A partir desse infortúnio, o Soldado Adrien Dufourquet (Belmondo), namorado de Agnès, ruma ao Brasil para o resgate de sua amada em uma incrível perseguição que tem as belas e extravagantes paisagens brasileiras como cenários dessa aventura.

Françoise Dorléac e Jean-Paul Belmondo em "L'Homme de Rio" (1964) de Philippe de Broca
Dear Film Produzione [it] | Les Films Ariane [fr] | Les Productions Artistes Associés [fr]

Patrocinado pela multinacional francesa Essilor/Varilux, pelo Ministério da Cultura, pela Secretaria Municipal de cultura e suas respectivas leis de incentivo, o FestivalVarilux de Cinema Francês já integra de maneira permanente o calendário cultural do Brasil, consolidando-se como o primeiro festival de cinema com significativa abrangência nacional extrapolando, inclusive, os grandes centros ou eixos tradicionais do país. Ainda apoiam o projeto a Embaixada da França, a Delegação Geral das Alianças Francesas do Brasil, a Air France, a rede de hotéis Sofitel e as produtoras Unifrance Films e Riofilme.

A programação completa e detalhada de cada uma das cidades pode ser conferida acessando o link variluxcinefrances.com/2015/programacao/, e as sinopses e informações complementares de todos os filmes que integram as mostras estão disponíveis em variluxcinefrances.com/2015/filmes/. É importante lembrar que o valor dos ingressos para cada uma das sessões do Festival seguirá a política de preços e de vendas de cada um dos cinemas participantes.

Agora é só curtir tudo o que a França tem para nos oferecer com as suas novidades no finito campo cinematográfico e na incrível troca de experiências e culturas através da arte das imagens e dos sons.

BOAS SESSÕES!