sábado, 25 de novembro de 2017

20 Filmes que completam 20 Anos em 2017 | Parte II

Um exercício de reflexão acerca da angustiante relação do ser humano com a vida e com a morte; um projeto instigante com o peculiar sabor de perversidade que tenta promover uma discussão severa sobre o poder destrutivo da imprensa; uma representação nostálgica e pessimista dos mais sensíveis dilemas pessoais e das consequentes incertezas em relação ao amor; a formidável biografia de um lendário agente do FBI que chegou de forma um pouco tardia às telas; e um dos filmes mais cruéis e sufocantes sobre as trágicas consequências de um desmedrado e insólito convívio em sociedade.

Continuem acompanhando a retrospectiva especial que o Rotina Cinematográfica vem realizando ao longo destes últimos dias. Apresentamos agora mais cinco importantes trabalhos produzidos e lançados no não tão longínquo  ano de 1997. Filmes essenciais que tentam manter o fôlego e a vigorosidade completando os seus 20 anos em 2017 e que – se ainda não estão – já deveriam estar nas estantes (ou nos HDs) de qualquer cinéfilo.

Gosto de Cereja (Ta’m e Guilass, Irã | França, 1997)

Direção: Abbas Kiarostami

Grande vencedor da Palma de Ouro na 50ª Edição do Festival de Cannes – dividindo o prêmio com “A Enguia” (1997) do diretor japonês Shôhei Imamura – “Gosto de Cereja” é um maravilhoso exercício de reflexão pautado na força provocativa de seus diálogos e no poder inebriante de suas imagens. Contornado por características ora despojadas, ora minimalistas, o filme se sustenta numa plataforma vigorosa de belas argumentações ao traçar uma linha filosófica rígida e sóbria por cima da angustiante relação dos seres humanos com a vida e com a morte.

Absorta, a câmera de Abbas Kiarostami acompanha a amargurada trajetória de Senhor Badii (Homayoun Ershadi), um homem de meia-idade que percorre os empoados arredores suburbanos de Teerã em busca de qualquer pessoa que entre no seu carro e ouça uma proposta extremamente peculiar. Ele deseja cometer suicídio e, caso este plano seja executado com sucesso, pretende oferecer uma generosa recompensa em dinheiro para quem puder enterrá-lo sob a sombra de uma frondosa cerejeira. Em meio a uma perdurável atmosfera de desespero, o protagonista se encontra com alguns de seus prováveis assistentes, dentre eles um soldado curdo, um seminarista afegão e um taxidermista turco.

Há quem aceite pegar uma carona com Badii, testemunhar as suas plausíveis divagações e ao menos escutar o curioso pedido deste suicida em potencial. Por uma série motivos (sejam eles de cunho moral ou religioso), a maioria desses homens vai recusando o inconveniente serviço até que um deles finalmente decide ajudá-lo. Em momento algum o espectador fica conhecendo as reais motivações que fizeram esse senhor escolher a opção de tirar a própria vida, mas as dúvidas se tornam praticamente irrelevantes quando descobrimos que a principal virtude da trama está na altivez dos encontros. Trabalhando sem um roteiro previamente estruturado, Kiarostami constrói a sua narrativa baseado no inesperado e nas eventualidades originadas por uma relação direta com e entre os atores, em sua maioria amadores.

Dotado de uma ambiguidade polivalente e inconclusiva, o decorrer das ações dentro do longa não disfarça o seu tom indagativo e racional se transformando, de maneira instantânea, em uma das peças cinematográficas mais controversas e ousadas do cinema iraniano de vanguarda, que atingiu o seu ápice de inventividade durante a década de 90. Contemplativo, engenhoso, sereno e fundamentalmente simples, “Gosto de Cereja” é um legítimo estudo de emoções que procura valorizar a nossa vivência enquanto buscamos respostas para os mistérios da existência e da efemeridade.

"Ta'm e Guilass" (1997) de Abbas Kiarostami - Abbas Kiarostami Productions | CiBy 2000 [fr] | Kanoon [ir]

O Quarto Poder (Mad City, Estados Unidos, 1997)

Direção: Costa-Gavras

Título obrigatório para estudantes e profissionais de comunicação ou jornalismo, “O Quarto Poder” também é um prato cheio para todas aquelas pessoas que gostam de filmes instigantes, provocativos e deliciosamente perversos. Centrado nas discussões sobre o papel e as influências que a mídia exerce nas mais variadas camadas da sociedade, o longa do diretor grego Costa-Gavras descreve, com uma perspicácia incisiva e direta, o poder destrutivo da imprensa e a sua força irrefragável perante o helênico princípio da trias politica, bem como a esmagadora capacidade manipulativa junto a formação do comportamento e da consciência popular.

Com uma carreira respeitada dentro de uma grande rede de televisão da Califórnia, Brackett (Dustin Hoffman) é um repórter investigativo experiente que enfrenta uma crise de identidade profissional pautada pela rotina monótona e pela subserviência forçada aos chefes. Perdendo espaço dentro da redação, ele passa a trabalhar à frente das equipes que realizam transmissões externas. Durante uma cobertura sem importância dentro de um museu de história natural da cidade de Madeline, o jornalista se depara com uma situação peculiar que poderá mudar o curso do seu dia: o ex-segurança Sam (John Travolta) faz uma visita inoportuna à supervisão para pedir seu emprego de volta, pois acha que foi demitido injustamente.

Entretanto, alguns detalhes lastimáveis geram um clima de tensão inesperado. A negociação não é nada amistosa, pois o vigilante ameaça a diretora da instituição com uma espingarda e, para complicar ainda mais, um grupo de crianças fazia uma visita guiada no momento do desentendimento. Por fim, um tiro acidental desencadeia uma tragédia anunciada, fazendo com que Brackett decida aproveitar essa chance para tentar fazer uma cobertura exclusiva do caso e retornar à fama com um espetacular furo de reportagem. Rapidamente, o evento toma proporções gigantescas e a produção inverídica e megalomaníaca de fatos começa a sair do controle, afinal os altos índices de audiência são mais importantes que verdades mal contadas.

Uma antiga máxima diz que cineastas consagrados costumam decepcionar pelas incursões em Hollywood, fazendo com que alguns críticos declarem que Costa-Gavras não está em plena forma na condução de “O Quarto Poder”, pois cai na artimanha do exagero e da previsibilidade ao abordar um tema tão audacioso como o sensacionalismo barato. Todavia, na contramão do desapontamento está o currículo de um diretor que é fonte de inspiração quando o assunto é cinema político e detentor de uma potência intelectual que jamais deve ser desprezada.

"Mad City" (1997) de Costa-Gavras - Warner Bros. [us] | Arnold Kopelson Productions | Punch Productions [us]

Felizes Juntos (Chun Gwong Cha Sit, Hong Kong | Japão | Coreia do Sul, 1997)

Direção: Wong Kar-Wai

“Todo solitário é igual...” Essa é uma constatação angustiante e genuína, pois define um compassivo cenário de melancolia que alcança uma dimensão emocional sucumbente, sobretudo quando está presente em um filme que carrega, na sua mais profunda intimidade, uma abordagem honesta e invulgar acerca do amor. É raro presenciarmos uma discussão proeminente sobre os turbulentos dilemas pessoais do ser humano, que sempre indagam quais são as possibilidades de dois opostos conseguirem alcançar a felicidade em conjunto. Em “Felizes Juntos” conseguimos encontrar algumas respostas para esses questionamentos, observando o quanto a alegria e a paz podem ou não preencher o relacionamento de um casal.

Lai Yiu-Fai (Tony Leung) e Ho Po-Wing (Leslie Cheung) são namorados e decidem fazer uma viagem fortuita à Argentina. Os dois acabam ficando sem dinheiro e, com isso, precisam ficar em Buenos Aires por mais tempo do que haviam planejado. Com o passar dos dias, os parceiros descobrem que as suas vidas se afastam em direções absolutamente contrárias. Enquanto um começa a trabalhar, planejando retornar o mais breve possível para Hong Kong, o outro se afunda em uma sórdida degradação moral e psicológica.

A ambientação nostálgica e pessimista – representada e captada pelas lentes magnéticas do diretor Wong Kar-Wai – ajuda a escancarar a verdadeira desilusão de um isolamento provocado não pelas ações, mas simplesmente pelas dolorosas circunstâncias do destino. De maneira gradativa, o apego, a confiança e a estima que um tinha pelo outro vai desmoronando, ao passo que um jogo aflitivo que mistura compaixão e infidelidade vai sendo praticado inconscientemente por ambos. Coberto de incertezas, o caos instaurado pelo conflito talvez venha para ressignificar uma esperança.

Vencedor do Prêmio de Melhor Direção do Festival de Cannes em 1997, Kar-Wai também é responsável pelo impecável roteiro de “Felizes Juntos”, uma narrativa ácida, cruel e irônica que retrata com uma intensidade descomunal o panorama depressivo da lógica social fundamentada pela aceitação e pelo convívio com alteridade. O particular dinamismo estético do cineasta ainda pontua, com muita sutileza, o desenvolvimento de outras temáticas como o culturalismo, a política e a sexualidade, que se encaixam com perfeição no elemento central do enredo: a solidão, uma questão abordada em praticamente todos os seus trabalhos. Inclusive, o fato da relação apresentada ser homoafetiva é apenas mais um mero detalhe de um incrível conto amoroso, pois é tratado de forma natural e não provoca nenhum estranhamento que gere eventuais e infelizes abnegações ou hostilidades.

"Chun Gwong Cha Sit" (1997) de Wong Kar-Wai - Block 2 Pictures [hk]
Jet Tone Production [hk] | Prénom H Co. Ltd. [jp] | Seowoo Film Company [kr]

Donnie Brasco (Donnie Brasco, Estados Unidos, 1997)

Direção: Mike Newell

É curioso pensar que um ótimo filme de máfia, que conseguiu reunir astros do calibre de Al Pacino e Johnny Depp, tenha tido uma baixa receptividade à época de seu lançamento e que continue sendo tão pouco conhecido pelo público de maneira geral. Acomodado ao acaso numa espécie de limbo cinematográfico, “Donnie Brasco” carecia de pujança ao longo de seu processo de concepção, justamente pelo fato de abordar uma temática repetitiva e saturada para um gênero que obteve grande destaque no cinema em décadas anteriores. Apesar do desempenho surpreendentemente acanhado, o projeto mostra a sua força com uma trama audaciosa conduzida com absoluta excelência, não por acaso veio a receber uma indicação ao Oscar na categoria de Melhor Roteiro Adaptado.

Baseado em fatos reais, o longa acompanha os passos de Joe Pistone (Depp), um agente especial do FBI que se infiltra no traiçoeiro submundo do crime organizado, transitando com cautela entre as várias atividades que dominavam o obscuro cenário de Nova York no final dos anos 70. Sob a identidade secreta de Donnie Brasco, o policial se passa por um especialista em joias para conquistar a confiança de Lefty Ruggiero (Pacino), um dos maiores mafiosos da América e principal intermediário na comercialização ilegal de peças de alto valor. A empatia e a identificação mútua são imediatas e o peixe rapidamente morde a isca.

Com o tempo, o vínculo dos dois protagonistas vai se estreitando – e tão logo se transformam em companheiros inseparáveis. A cumplicidade e a confiança que Ruggiero deposita em Donnie faz com que ele o aponte como o seu novo protegido, colocando-o a par dos negócios da poderosa Família Bonano e fazendo-o se aproximar da facção comandada pelo temido Sonny Black (Michael Madsen). Definitivamente dentro do esquema, Pistone (que trabalhou diretamente como consultor do diretor Mike Newell durante as filmagens) encara agora um terrível dilema: forjando lealdade na relação com um perigoso gângster, ele põe em risco não só a sua vida, como a de toda sua família.

Substancialmente, é a veracidade da história que dá o tom perfeito para uma narrativa eletrizante que prende a atenção do espectador. Talvez, o grande erro foi trazer de forma tardia a biografia de Donnie Brasco para as telas. Ainda sim, a obra sobrevive sustentada por interpretações notáveis de um acontecimento fantástico que, propositalmente, acaba deixando uma pequena dúvida no ar – com o passar dos anos, ganhará o seu devido reconhecimento.

"Donnie Brasco" (1997) de Mike Newell - Mandalay Entertainment [us]
Baltimore Pictures [us] | Mark Johnson Productions [us]

O Doce Amanhã (The Sweet Hereafter, Canadá, 1997)

Direção: Atom Egoyan

Adaptando de maneira brilhante um ardiloso romance do escritor estadunidense Russell Banks, “O Doce Amanhã” contempla uma série de fatos incomuns decorrentes do acidente com um ônibus escolar que abalam a rotina de uma pequena cidade localizada no extremo oeste do Canadá. O desastre acaba provocando a morte de quatorze crianças e deflagra um delicado, perigoso e suscetível esquema montado para tratar das evidências e das fragilidades deste terrível acontecimento. Enlutadas, as famílias das vítimas recebem a visita de Mitchell Stevens (Ian Holm), um advogado forasteiro que tenta inscrevê-las em uma ação judicial coletiva com o objetivo de solicitar uma polposa indenização.

Fica nítida a postura agenciosa e ostensiva de Stevens, que busca na consternação alheia uma base sentimental estável para realizar o seu trabalho e garantir qualquer tipo de recompensa financeira. Ao mesmo tempo, ele ainda é confrontado por um drama pessoal quando recebe constantes ligações de sua filha viciada em drogas que sempre o colocam posicionado em um angustiante rebordo de insignificância. Mergulhado em dúvidas, o advogado continua acreditando que somente a culpabilização de alguém poderá acalmar o devastador sentimento de raiva e perplexidade que afetou o espírito coletivo dessa comunidade.

Nicole Burnell (Sarah Polley), uma das sobreviventes da tragédia, perdeu os movimentos das pernas e acabou desenvolvendo uma personalidade passivo-agressiva. Tentando recuperar a confiança e a diginidade, ela se torna parte central dessa indecorosa artimanha jurídica quando decide lançar mão de seu testemunho e reunir todos os seus concidadãos em um cenário sombrio e de extremo desespero no qual, ocasionalmente, a incessante e piedosa busca pela salvação pode sobrepor alguns atos de honestidade.

A atmosfera hipnótica e sufocante criada pelo diretor Atom Egoyan desafia a mente do espectador, bem como o sequencial poderio de imagens que bombardeiam uma linha do tempo fragmentada, revelando aos poucos o misterioso passo a passo dessa fatalidade. Mesmo sem querer transmitir qualquer tipo de ensinamento, o tom melancólico presente na estrutura narrativa de “O Doce Amanhã” é delineado pelos contornos de uma parábola sofisticada. Seguindo por essa linha, os eventos da vida cotidiana estão diretamente ligados ao inevitável encontro do ser humano com a morte, de forma que os inquietantes dramas individuais e o insípido convívio em sociedade venham para mascarar toda a naturalidade que deveríamos transparecer ao lidar com as nossas perdas – condição de uma “verdade moral” alcançada diante da impotência e do expurgo de um luto que nunca será consumado.

"The Sweet Hereafter" (1997) de Atom Egoyan - Alliance Communications Corporation [ca]
Ego Film Arts [ca] | Téléfilm Canada [ca] | Harold Greenberg Fund, The [ca] | Movie Network, The (TMN) [ca]

Para conhecer ou relembrar os cinco filmes que foram apresentados na PARTE I da nossa retrospectiva, basta visitar o artigo clicando no link AQUI.

E continuem acompanhando a nossa revisão cinematográfica, que retornará com PARTE III já na próxima semana!

Até lá...

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

20 Filmes que completam 20 Anos em 2017 | Parte I

Em pouco mais de 120 anos de história, o Cinema foi capaz de produzir um número incontável de histórias que habitam o imaginário de milhões (ou até bilhões) de espectadores e fãs ao redor do mundo. Alguns dos filmes já nascem como clássicos instantâneos; outros esperam algum tempo para receberem a devida atenção ou o reconhecimento do público para que, enfim, também possam ser considerados trabalhos inesquecíveis e fundamentais.

Mais uma vez “cortamos um dobrado” para manter o blog de pé em 2017, mas como parte de um compromisso anual firmado e reafirmado pelo Rotina Cinematográfica em algumas publicações, elencaremos mais 20 importantes títulos em nossa já tradicional coluna, todos eles produzidos e lançados no ano de 1997. A lista é composta por obras que, de certa forma, se transformaram em peças cinematográficas atemporais devido à diferentes graus de subjetividade (aclamação popular, participação em festivais, premiações ou reconhecimento de crítica).

Comece então a acompanhar a retrospectiva que faremos ao longo as próximas semanas e relembre grandes filmes que sobrevivem ao tempo e que mantêm todo o vigor e o fôlego completando 20 anos em 2017. Títulos que, se ainda não estão, já deveriam estar nas estantes (ou nos HDs) de qualquer cinéfilo.

Violência Gratuita (Funny Games, Áustria, 1997)

Direção: Michael Haneke

Quando a agressividade e a conivência reprimida sustentam o eixo central de um thriller psicológico provocante, batemos de frente com uma premissa engenhosa que dificilmente será apagada da memória. Michael Haneke nunca economizou a sua sordidez para criar situações de enorme desconforto em todos os seus trabalhos. Como de costume, o diretor é bastante rude com o seu público; e a maneira com que ele brinca com os sentimentos em “Violência Gratuita” é formidável, o que acaba levando o espectador ao limite de suas emoções. A nossa indiferença ou inocência são colocadas em xeque ao percebermos que somos constantemente alimentados pelo fascínio incontrolável de observar a selvageria de outrem de forma aleatória e intercorrente.

Anna (Susanne Lothar) e Georg (Ulrich Mühe) decidem aproveitar as férias de verão em uma bela casa à beira de um lago junto com o filho, Schorschi (Stefan Clapczynski). Logo na chegada, a família é surpreendida ao receber a inesperada visita de dois jovens simpáticos e de boa aparência, mas de atitudes um tanto suspeitas. Demonstrando cordialidade, Peter (Frank Giering) bate à porta e pede alguns ovos emprestados a Anna, que prepara o almoço na cozinha; já Paul (Arno Frisch) se apresenta a Georg como um dos amigos hospedado na casa dos vizinhos e que veio passar uma temporada na região a fim de se distrair e tentar aperfeiçoar as suas técnicas no golfe.

Entretanto, o clima de tranquilidade vai dando lugar a um pavoroso cenário de perversão. O casal é ludibriado pelo virtuosismo enganador de Peter e de Paul e passa a ser envolvido em um angustiante e perigoso jogo de agressões físicas e verbais pautado por inesperadas reações. A tensão criada nos diálogos iniciais e o evento que provoca o espantoso desenrolar dos acontecimentos assustam, afinal estamos diante de um espetáculo brutal e somos experimentalmente cúmplices desse absurdo, presenciando – atônitos e incrédulos – todos os atos de barbaridade praticados por dois psicopatas.

“Violência Gratuita” é extremamente chocante e subversivo, pois aborda questões perturbadoras que afetam valores intangíveis da sociedade, além de ter a destreza para atacar a nossa essência animalesca, naquilo que podemos classificar como um “sadismo diligente”. O filme glorifica a desgraça e ainda denuncia a estilização dessa violência no cinema, fora a ausência de sentido de algumas situações que, infelizmente, ocorrem na vida real; evidências do tino implacável da tragédia, bem como esse prazer mórbido nutrido pela humanidade desde o início dos tempos.

"Funny Games" (1997) de Michael Haneke - Wega Film [at]

Los Angeles: Cidade Proibida (L.A. Confidential, Estados Unidos, 1997)

Direção: Curtis Hanson

Virtudes impudicas definem a arrojada imersão do diretor Curtis Hanson no apaixonante e corrupto submundo da Los Angeles dos anos 50. Seu trabalho é inspirado por um dos livros que compõe a série de ficção criminal “L.A. Quartet” do escritor James Ellroy, famoso pelo estilo narrativo telegráfico que, basicamente, suprime alguns dos elementos mais importantes na sequência linear dos fatos e faz a compensação expositiva através de frases curtas e certeiras que causam impacto no leitor. Essa característica textual se mantém viva na composição do roteiro da adaptação cinematográfica, transformando “Los Angeles: Cidade Proibida” em um clássico instantâneo extremamente rico em detalhes e marcado por impressionantes reviravoltas.

Um violento massacre que terminou com a morte de seis pessoas em um famoso bar da cidade desencadeia o ritmo eloquente dos acontecimentos. A partir deste atentado, uma aliança imoral une três policiais que utilizam métodos distintos para percorrer a mesma linha investigativa e solucionar esses misteriosos assassinatos. Bud White (Russell Crowe) é o tira bruto e indomável que, apesar de agir com benevolência, é capaz de fazer justiça com as próprias mãos; Ed Exley (Guy Pearce) resguarda toda a sua ferocidade em uma insígnia de elegância e retidão, estando sempre disposto a fazer qualquer coisa para conquistar uma promoção, exceto se vender; e o pretensioso Jack Vincennes (Kevin Spacey) é aquele que sempre procura o caminho mais fácil para se autopromover, alcançando fama e prestígio dentro da corporação.

O ar detetivesco da trama oferece o cenário perfeito para que uma rede conspiratória de subornos e venalidades seja deflagrada; o que acaba envolvendo o mais alto escalão da sociedade e atingindo até mesmo os seus maiores figurões, que estão diretamente ligados a um glamoroso esquema prostituição no qual cada uma das garotas de programa personifica uma famosa estrela de cinema. Dentre elas, a enigmática e voluptuosa Lynn Bracken (Kim Basinger) surge para embaraçar o imbróglio.

A ambientação sombria e o cerne emocional ligado às questionáveis condutas dos agentes da lei é que dão força e brilhantismo ao enredo de “Los Angeles: Cidade Proibida” – delineando características típicas do gênero batizado de neo-noir ainda na derrocada da década de 50 – premiado com um Oscar na categoria de melhor roteiro adaptado em 1998. Com um grande elenco, que ainda conta com participações veementes de Danny DeVito e James Cromwell, o filme ainda abocanhou mais um prêmio da Academia na categoria de melhor atriz coadjuvante, para Basinger.

"L.A. Confidential" (1997) de Curtis Hanson - Regency Enterprises [us] | Wolper Organization, The [us] | Warner Bros. [us]

Princesa Mononoke (Mononoke-hime, Japão, 1997)

Direção: Hayao Miyazaki

Exaltado como uma das maiores referências do cinema de animação no Japão, Hayao Miyazaki sempre chamou a atenção por sua inventividade e pelo interminável fluxo de ideias na concepção de roteiros para bons filmes. Desde antes da criação do Studio Ghibli, o diretor presenteava seu público com obras extraordinariamente sensíveis e de uma beleza visual – ao mesmo tempo – sutil e impactante. Entretanto, a opção de sempre priorizar a delicadeza do trabalho manual ia de encontro aos interesses dos investidores, o que dificultava o lançamento de algumas produções. Pressionado pelo executivo Toshio Suzuki, Miyazaki acolheu o pedido e permitiu o uso de computação gráfica para apressar a finalização do seu mais novo projeto, cumprindo o cronograma de estreia original. Sombrio e com ensinamentos docilmente ferozes, “Princesa Mononoke” conquistou de vez a crítica internacional.

Abordando, de forma severa e vanguardista, assuntos complexos como a guerra e a ecologia, o longa acompanha as destemidas ações do nobre guerreiro Ashitaka que, ao defender o seu povoado do ataque do demônio Tatari Gami, acaba sendo vítima de uma impiedosa maldição. Em busca da cura e tentando compreender o infortúnio que lhe aflige, o jovem parte em uma jornada rumo às terras de um outro clã e a se depara com uma violenta luta entre seres humanos membros de uma colônia de mineração e lendários deuses florestais. No caminho ele também encontrará San, a Princesa Mononoke, uma garota criada por lobos e que luta ao lado desses deuses por nutrir um ódio desmedido pela humanidade.

Em 1998, “Princesa Mononoke” venceu a categoria principal como Melhor Filme do Japan Academy Prize Film Award (o equivalente japonês do Oscar) e foi, por algum tempo, a maior bilheteria cinematográfica da história do país à época de seu lançamento (com cerca de 150 milhões de dólares arrecadados) – sendo superada apenas com a estreia, no mesmo ano, de “Titanic” (1997) de James Cameron. Tamanho sucesso fez com que Miyazaki anunciasse a sua precoce aposentadoria. O cineasta temia o cansaço e uma consequente queda da qualidade de suas obras, visto que o aumento do ritmo de trabalho e as cobranças do mercado consumidor (agora global) seriam cada vez maiores.

Profissional apaixonado e incapaz de encerrar suas atividades definitivamente, Miyazaki continuou a trabalhar como animador discretamente; e o hiato na carreira como diretor durou apenas quatro anos. Ele voltou de forma encantadora e triunfal em 2001 com o grandioso “A Viagem de Chihiro”.

"Mononoke-hime" (1997) de Hayao Miyazaki - DENTSU Music And Entertainment [jp] | Nibariki [jp]
Nippon Television Network (NTV) [jp] | Studio Ghibli [jp] | TNDG [jp] | Tokuma Shoten [jp]

MIB: Homens de Preto (Men in Black, Estados Unidos, 1997)

Direção: Barry Sonnenfeld

Os intrigantes relatos sobre os Homens de Preto habitam o imaginário do cidadão estadunidense desde que teorias da conspiração sobre a existência de vida inteligente fora da Terra começaram a ser elaboradas dentro do campo da ufologia. Tão antigo quanto o fascínio quimérico em descobrir que “não estamos sozinhos” é o medo de termos que enfrentar consequências trágicas resultantes de um eventual contato com criaturas de outras galáxias. Não por acaso, ouve-se dizer que homens sisudos trajando ternos pretos trabalham discretamente na abordagem e intimidação de testemunhas que avistaram OVNIs ou que tiveram algum tipo de comunicação com alienígenas. Alegando serem agentes governamentais, eles invadem a casa dessas pessoas fazendo ameaças e exigindo silêncio.

Na cultura popular, o obscurantismo da lenda foi suavizado em uma série de histórias em quadrinhos da Malibu Comics idealizadas por Lowell Cunningham e adaptadas para o cinema com estrondoso sucesso. Nas páginas da banda desenhada, os Homens de Preto combatem qualquer ameaça paranormal que possa atingir o planeta, mantendo a humanidade alheia a esses acontecimentos. Nas telas, acompanhamos a rotina de Kay (Tommy Lee Jones), um dos veteranos da MIB – agência não oficial e ultra-secreta do Governo dos Estados Unidos que monitora atividades sobrenaturais suspeitas.

Sob a alcunha de Agente K., ele tem a missão de interceptar as ações de um terrorista intergaláctico que possui planos de assassinar dois embaixadores de galáxias opostas e de destruir a Terra. Novato na organização, o ex-policial James Edwards, ou Jay (Will Smith), se une a Kay assim que o colega recebe instruções para desvendar mais uma ocorrência bizarra: saber o real motivo de um inseto gigante ter sido introduzido no corpo de Edgar (Vincent D’Onofrio), um humilde agricultor. Talvez esse problema seja mais uma das peças de um quebra-cabeças nebuloso que representa um risco iminente para a sobrevivência da vulnerável raça terráquea.

Diretor de fotografia competente e eventual colaborador em projetos de Rob Reiner e dos irmãos Coen, Barry Sonnenfeld – mais conhecido pelos reboots cinematográficos de “A Família Addams”, até então – deu uma cartada certeira ao levar a desconcertante e divertida história dos Homens de Preto para Hollywood. Em termos de bilheteria, a franquia é uma das mais bem-sucedidas da história, tendo vista que “MIIB: Homens de Preto II” (2002) e “MIB³: Homens de Preto 3” (2012), também dirigidos por Sonnenfeld, são trabalhos menos altivos. E com um provável spin-off anunciado para 2019, “MIB” promete ganhar fôlego novamente.

"Men in Black" (1997) de Barry Sonnenfeld - Columbia Pictures Corporation [us] | Amblin Entertainment [us]
Parkes+MacDonald Image Nation [us]

Estrada Perdida (Lost Highway, França | Estados Unidos, 1997)

Direção: David Lynch

Não é segredo para ninguém que o eloquente processo de criação de David Lynch dá origem a peças cinematográficas instigantes. Encoberto pela artimanha da persuasão, “Estrada Perdida” é um de seus filmes mais misteriosos. Abstrair o “caos organizado” que conduz as situações da trama é o primeiro grande passo para embarcar na viagem insana do diretor. No meio deste turbilhão está Fred Madison (Bill Pullman), um saxofonista acusado de assassinar a esposa, Renee Madison (Patricia Arquette), uma mulher acanhada e excêntrica. Ele tem certeza absoluta de que não é o culpado, mas ao lembrar das fitas de câmeras de segurança que vinha recebendo em casa, começa a duvidar de suas próprias convicções.

Fred acreditava que poderia estar sendo traído, mas as gravações secretas que mostram o casal sendo vigiado enquanto dormia são provas cabais de que toda a rotina ao redor do músico vinha sendo registrada. Porém Renee já está morta e, sem ter tempo para compreender o que aconteceu, ele já se encontra preso e sentenciado à morte por ser o principal suspeito do crime. De forma iminente, Fred amanhece em sua cela transmutado em Pete Dayton (Balthazar Getty), um jovem mecânico de automóveis que é prontamente libertado após ter a sua ficha penal consultada pela polícia.

Pontos de virada como este são elementos preponderantes nas absurdas e envolventes narrativas lynchianas. A confusão instaurada tenta restabelecer uma lógica caminhando numa linha tênue entre alucinação e irracionalidade. A aparente linearidade do enredo volta aos trilhos quando registra o encontro de Pete com um de seus clientes, Dick Laurent (Robert Loggia), um gângster bem relacionado que ostenta a sedutora companhia de Alice Wakefield (Patricia Arquette), uma loira enigmática idêntica à Renee Madison. Pete se envolve Alice e, a partir desse momento, mais uma série de extravagantes desvarios desfilam diante de nossos olhos, tendo como ambientação a inescrupulosa cena da máfia sustentada pelo submundo da pornografia.

No subterfúgio de todos os acontecimentos – supostamente – desconexos, “Estrada Perdida” acaba sendo um filme sobre estar ou não estar em determinados lugares. A troca de identidade do personagem principal é o ponto de virada que tenta, simultaneamente, confirmar e rechaçar que (não) estamos acompanhando uma tradicional cronologia de fatos. Claramente somos privados de algumas sensações para não ter a percepção do todo; e fugir das convenções é fundamental para compreender toda a genialidade de David Lynch e mergulhar de cabeça nessa loucura que ele nos proporciona.

"Lost Highway" (1997) de David Lynch - October Films [us] | CiBy 2000 [fr]
Asymmetrical Productions [us] | Lost Highway Productions LLC [us]

Continuem acompanhando nossa retrospectiva e aguardem a Parte II na próxima semana!

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Vistos e Revistos em 2017 #outubro

Apesar do modesto número de filmes assistidos (16 ao todo), foi novamente em outubro que consegui atingir a meta anual de apreciar um filme por dia, no mínimo e em média. Representativo clássico de terror da Universal Studios, “A Noiva de Frankenstein” (1935) de James Whale foi o filme de número 365 nessa contagem. O título foi apreciado no último dia 27 dentro da programação da Mostra “Tim Burton e suas Histórias Peculiares”, que ainda se estende até o próximo dia 5 no Sesc Palladium, aqui em Belo Horizonte.

Essa baixa assiduidade pelas salas de cinema da capital durante o mês, entretanto, esconde um nobre motivo: estou preparando o terreno para, mais uma vez, cumprir nos meses de novembro e dezembro a promessa de publicar os textos que sempre pretendo escrever ao longo do ano e que, por falta de tempo, acabam sempre ficando para última hora. Os tradicionais “20 filmes que completam 20 anos em 201X” (originalmente programados para julho) e “Sempre um Clássico #Especial | Filmes que completam 100 anos em 201X” serão publicados nas próximas semanas.

Em seguida, as listas com os melhores filmes do ano (os dez melhores filmes nacionais e os dez melhores filmes no geral) encerrarão os trabalhos do blog nessa temporada, prometendo vir mais organizado e vigoroso em 2018.

Por hora, fiquem com a lista dos 367 filmes vistos ou revistos ainda em 2017:

001 - A Qualquer Custo (Hell or High Water, Estados Unidos, 2016)

002 - À Sombra de uma Mulher (L’Ombre des Femmes, França | Suíça, 2015)

003 - Absolutamente Certo (Absolutamente Certo, Brasil, 1957)

004 - Agente Muito Louca, Uma (RAID Dingue, França | Bélgica, 2016)

005 - Agonia de Amor (The Paradine Case, Estados Unidos, 1947)

006 - Aileen Wuornos: The Selling of a Serial Killer (Aileen Wuornos: The Selling of a Serial Killer, Reino Unido, 1992)

007 - Aileen: Life and Death of a Serial Killer (Aileen: Life and Death of a Serial Killer, Reino Unido | Estados Unidos, 2003)

008 - Ala-Arriba! (Ala-Arriba!, Portugal, 1942)

009 - Alegrias a Granel (Whisky Galore!, Reino Unido, 1949)

010 - Aleluia (Hallelujah, Estados Unidos, 1929)

011 - Alemanha, Ano Zero (Germania Anno Zero, Itália | França | Alemanha, 1948)

012 - All That Jazz - O Show Deve Continuar (All That Jazz, Estados Unidos, 1979)

013 - Altas Solidões (Les Hautes Solitudes, França, 1974)

014 - Amor de Perdição (Amor de Perdição, Portugal, 1943)

015 - Amores de Pandora, Os (Pandora and the Flying Dutchman, Reino Unido, 1951)

016 - Anari (Anari, Índia, 1959)

017 - Anatomia de um Crime (Anatomy of a Murder, Estados Unidos, 1959)

018 - Andrei Rublev (Andrey Rublyov, União Soviética, 1966)

019 - Aniki Bóbó (Aniki Bóbó, Portugal, 1942)

020 - Animais Noturnos (Nocturnal Animals, Estados Unidos, 2016)

021 - Antes que Tudo Desapareça (Sanpo Suru Shinryakusha, Japão, 2017)

022 - Apart Horta (Apart Horta, Brasil, 2015)

023 - Apartamento, O (Forushande, Irã | França, 2016)

024 - Appaloosa - Uma Cidade sem Lei (Appaloosa, Estados Unidos, 2008)

025 - Aquele que Sabe Viver (Il Sorpasso, Itália, 1962)

026 - Argila (Argila, Brasil, 1940)

027 - Arizona Dream: Um Sonho Americano (Arizona Dream, Estados Unidos | França, 1993)

028 - Às Cinco da Tarde (Panj é Asr, Irã | França, 2003)

029 - Asas (Krylya, União Soviética, 1966)

030 - Asas do Desejo (Der Himmel über Berlin, Alemanha Ocidental | França, 1987)

031 - Ascensor para o Cadafalso (Ascenseur pour L’échafaud, França, 1958)

032 - Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford, O (The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford, Estados Unidos | Canadá | Reino Unido, 2007)

033 - Assassino Mora no 21, O (L’Assassin Habite au 21, França, 1942)

034 - Assassinos, Os (Ubiytsy, União Soviética, 1956)

035 - Assim que Abro meus Olhos (À Peine J’ouvre les Yeux, Tunísia | França | Bélgica | Emirados Árabes Unidos, 2015)

036 - Até o Último Homem (Hacksaw Ridge, Austrália | Estados Unidos, 2016)

037 - Baía dos Anjos, A (La Baie des Anges, França, 1963)

038 - Baile dos Bombeiros, O (Horí, má Panenko, Checoslováquia | Itália, 1967)

039 - Baile na Casa Anjo, O (Anjô-ke no Butôkai, Japão, 1947)

040 - Banco Imobiliário (Banco Imobiliário, Brasil, 2016)

041 - Bandeirantes (Bandeirantes, Brasil, 1940)

042 - Bang Bang (Bang Bang, Brasil, 1971)

043 - Batalha do Planeta dos Macacos, A (Battle for the Planet of the Apes, Estados Unidos, 1973)

044 - Batismo, O (Chrzest, Polônia, 2010)

045 - Behind the Planet of the Apes (Behind the Planet of the Apes, Estados Unidos, 1998)

046 - Beija-me, Idiota (Kiss me, Stupid, Estados Unidos, 1964)

047 - Beijos de Emergência (Les Baisers de Secours, França, 1989)

048 - Belíssima (Bellissima, Itália, 1951)

049 - Bello Durmiente, El (El Bello Durmiente, México, 1952)

050 - Belos Dias de Aranjuez, Os (Les Beaux Jours d’Aranjuez, França | Alemanha | Portugal, 2016)

051 - Big Jato (Big Jato, Brasil, 2016)

052 - Blade Runner, o Caçador de Androides (Blade Runner, Estados Unidos | Hong Kong | Reino Unido, 1982)

053 - Bombeiro Atômico (El Bombero Atómico, México, 1952)

054 - Boneca de Cera, A (Vaxdockan, Suécia, 1962)

055 - Boxeador e a Morte, O (Boxer a Smrt, Checoslováquia, 1963)

056 - Café da Manhã em Plutão (Breakfast on Pluto, Irlanda | Reino Unido, 2005)

057 - Camões (Camões, Portugal, 1946)

058 - Cangaceiro, O (O Cangaceiro, Brasil, 1953)

059 - Capacetes Brancos, Os (The White Helmets, Reino Unido, 2016)

060 - Capitão Fantástico (Captain Fantastic, Estados Unidos, 2016)

061 - Carnaval no Fogo (Carnaval no Fogo, Brasil, 1949)

062 - Casablanca (Casablanca, Estados Unidos, 1942)

063 - Casamento de Muriel, O (Muriel’s Wedding, Austrália | França, 1994)

064 - Cavaleiro das Neves, O (Le Chevalier des Neiges, França, 1912)

065 - Cavalo Dinheiro (Cavalo Dinheiro, Portugal, 2014)

066 - Cavalos de Fogo, Os (Tini Zabutykh Predkiv, União Soviética, 1965)

067 - Chegada de um Trem à Estação, A (L’Arrivée d’un Train à la Ciotat, França, 1896)

068 - Chuvas de Verão (Chuvas de Verão, Brasil, 1978)

069 - Cidadão Ilustre, O (El Ciudadano Ilustre, Argentina | Espanha, 2016)

070 - Cidade do Sol (Mzis Qalaqi, Geórgia | Estados Unidos | Catar | Holanda, 2017)

071 - Cidade dos Ventos, A (Ischeznuvshaya Imperiya, Rússia, 2008)

072 - Cidade Onde Envelheço, A (A Cidade Onde Envelheço, Brasil | Portugal, 2016)

073 - Círculo, O (The Circle, Emirados Árabes Unidos | Estados Unidos, 2017)

074 - Club Sandwich (Club Sándwich, México | França, 2013)

075 - Comunidade, A (Kollektivet, Dinamarca | Suécia | Holanda, 2016)

076 - Conquista do Planeta dos Macacos, A (Conquest of the Planet of the Apes, Estados Unidos, 1972)

077 - Contagem (Contagem, Brasil, 2010)

078 - Cor da Romã, A (Sayat Nova, União Soviética | Armênia, 1969)

079 - Corações Loucos (Les Valseuses, França, 1974)

080 - Corpo Devasso (Corpo Devasso, Brasil, 1980)

081 - Corpo Elétrico (Corpo Elétrico, Brasil, 2017)

082 - Costa do Castelo, O (O Costa do Castelo, Portugal, 1943)

083 - Criada, A (Ah-ga-ssi, Coreia do Sul, 2016)

084 - Curumim (Curumim, Brasil, 2016)

085 - De Canção em Canção (Song to Song, Estados Unidos, 2017)

086 - De Punhos Cerrados (I Pugni in Tasca, Itália, 1965)

087 - De sua Janela à Minha (De tu Ventana a la Mía, Espanha, 2011)

088 - De Volta ao Planeta dos Macacos (Beneath the Planet of the Apes, Estados Unidos, 1970)

089 - 13ª Emenda, A (13th, Estados Unidos, 2016)

090 - Deixa Ela Entrar (Låt den Rätte Komma In, Suécia, 2008)

091 - Desenrola (Desenrola, Brasil, 2011)

092 - Despertar da Redentora, O (O Despertar da Redentora, Brasil, 1942)

093 - Dia de Folga (Dia de Folga, Brasil, 2017)

094 - Diabo a Quatro, O (Duck Soup, Estados Unidos, 1933)

095 - Dias de Ira (Vredens Dag, Dinamarca, 1943)

096 - Dias de Trovão (Dias de Trovão, Brasil, 2015)

097 - Dirigido por Andrei Tarkovsky (Regi Andrej Tarkovskij, Suécia, 1988)

098 - 10 Jours en Or (10 Jours en Or, França, 2012)

099 - Dois Acres de Terra (Do Bigha Zamin, Índia, 1953)

100 - Dona Flor e seus Dois Maridos (Dona Flor e seus Dois Maridos, Brasil, 1976)

101 - Duas Damas Sérias (Deux Dames Sérieuses, França, 1988)

102 - É com Este que Eu Vou (É com Este que Eu Vou, Brasil, 1948)

103 - Ébrio, O (O Ébrio, Brasil, 1946)

104 - Eles só usam Black-Tie (Necktie Youth, África do Sul | Holanda, 2015)

105 - Era o Hotel Cambridge (Era o Hotel Cambridge, Brasil | França | Espanha, 2016)

106 - Esculacho (Esculacho, Brasil, 2013)

107 - Essa Gostosa Brincadeira a Dois (Essa Gostosa Brincadeira a Dois, Brasil, 1974)

108 - Estrada, A (The Road, Estados Unidos, 2009)

109 - Estranho Caso de Ezequiel, O (O Estranho Caso de Ezequiel, Brasil, 2016)

110 - Estrelas Além do Tempo (Hidden Figures, Estados Unidos, 2016)

111 - Eternos Desconhecidos, Os (I Soliti Ignoti, Itália, 1958)

112 - Eu, Daniel Blake (I, Daniel Blake, Reino Unido | França | Bélgica, 2016)

113 - Eu, Vovó, Iliko e Illarion (Me, Bebia, Iliko da Ilarioni, União Soviética, 1962)

114 - Extremis (Extremis, Estados Unidos, 2016)

115 - Fado, História de uma Cantadeira (Fado, História d’uma Cantadeira, Portugal, 1947)

116 - Família Dionti, A (A Família Dionti, Brasil | Reino Unido, 2015)

117 - Fantasmas (Fantasmas, Brasil, 2010)

118 - Fantásticos Livros Voadores do Senhor Morris Lessmore, Os (The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore, Estados Unidos, 2011)

119 - Festa e os Convidados, A (O Slavnosti a Hostech, Checoslováquia, 1966)

120 - Florence: Quem é Essa Mulher? (Florence Foster Jenkins, Reino Unido, 2016)

121 - Flores de Papel (Kaagaz Ke Phool, Índia, 1959)

122 - Fogo no Mar (Fuocoammare, Itália | França, 2016)

123 - Fome de Poder (The Founder, Estados Unidos, 2016)

124 - Frankenstein (Frankenstein, Estados Unidos, 1931)

125 - Frankenweenie (Frankenweenie, Estados Unidos, 1984)

126 - Frantz (Frantz, França | Alemanha, 2016)

127 - Fuga do Planeta dos Macacos (Escape from the Planet of the Apes, Estados Unidos, 1971)

128 - Gaiato no Navio, Um (Cabin Boy, Estados Unidos, 1994)

129 - Gaiola das Loucas, A (La Cage aux Folles, França | Itália, 1978)

130 - Giselle (Giselle, Brasil, 1980)

131 - Gladiadores - O Jogo da Paz (Gladiatorerna, Suécia, 1969)

132 - Golpe dos Eternos Desconhecidos (Audace Colpo dei Soliti Ignoti, Itália | França, 1959)

133 - Gomorra (Gomorra, Itália, 2008)

134 - Gorila, O (O Gorila, Brasil, 2012)

135 - Grande Aventura, A (Det Stora Äventyret, Suécia, 1953)

136 - Grande Feira, A (A Grande Feira, Brasil, 1961)

137 - Grande Mergulho, Um (A Bigger Splash, Reino Unido, 1973)

138 - Grande Testemunha, A (Au Hasard Balthazar, França | Suécia, 1966)

139 - Grandes Olhos (Big Eyes, Estados Unidos | Canadá, 2014)

140 - Grão, O (O Grão, Brasil, 2007)

141 - Grave (Grave, Itália | França | Bélgica, 2016)

142 - Grito, O (Il Grido, Itália | Estados Unidos, 1957)

143 - Guerra do Paraguay (Guerra do Paraguay, Brasil, 2016)

144 - Hannah Arendt - Ideias que Chocaram o Mundo (Hannah Arendt, Alemanha | Luxemburgo | França | Israel, 2012)

145 - Harakiri (Seppuku, Japão, 1962)

146 - Histórias que Nosso Cinema não Contava (Histórias que Nosso Cinema não Contava, Brasil, 2017)

147 - Hoje não Haverá Saída Livre (Segodnya Uvolneniya ne Budet, União Soviética, 1959)

148 - Homem de Outubro, O (The October Man, Reino Unido, 1947)

149 - Homem do Prego, O (The Pawnbroker, Estados Unidos, 1964)

150 - Homens que Pisaram na Cauda do Tigre, Os (Tora no o wo Fumu Otokotachi, Japão, 1945)

151 - Hora do Lobo, A (Vargtimmen, Suécia, 1968)

152 - Ilha no Centro do Mundo, A (A Ilha no Centro do Mundo, Brasil, 2016)

153 - Ilhas (Octpob, União Soviética, 1987)

154 - Ilusão Viaja de Trem, A (La Ilusión Viaja en Tranvía, México, 1954)

155 - Inconfidentes, Os (Os Inconfidentes, Brasil | Itália, 1972)

156 - Indomado, O (Hud, Estados Unidos, 1963)

157 - Infância de Ivan, A (Ivanovo Detstvo, União Soviética, 1962)

158 - Intervalo (Intervalo, Brasil, 2016)

159 - Invasor, O (O Invasor, Brasil, 2001)

160 - Já Visto, Jamais Visto (Já Visto, Jamais Visto, Brasil, 2014)

161 - Jackie (Jackie, Chile | França | Estados Unidos, 2016)

162 - João Ratão (João Ratão, Portugal, 1940)

163 - Joaquim (Joaquim, Brasil | Portugal, 2017)

164 - Joelho de Claire, O (Le Genou de Claire, França, 1970)

165 - Jogo da Guerra, O (The War Game, Reino Unido, 1965)

166 - Johan (Johan, França, 1976)

167 - John From (John From, Portugal | França, 2015)

168 - Jonas e o Circo sem Lona (Jonas e o Circo sem Lona, Brasil, 2015)

169 - José do Telhado (José do Telhado, Portugal, 1945)

170 - Jovens Infelizes ou Um Homem que Grita não é um Urso que Dança (Jovens Infelizes ou Um Homem que Grita não é um Urso que Dança, Brasil, 2016)

171 - Judas em Sábado de Aleluia, O (O Judas em Sábado de Aleluia, Brasil, 1947)

172 - Julieta dos Espíritos (Giulietta Degli Spiriti, Itália | França, 1965)

173 - Juventude (Sommarlek, Suécia, 1951)

174 - Kátia (Kátia, Brasil, 2012)

175 - Kes (Kes, Reino Unido, 1969)

176 - La La Land: Cantando Estações (La La Land, Estados Unidos, 2016)

177 - Ladrões de Bicicleta (Ladri di Biciclette, Itália, 1948)

178 - Lagosta, O (The Lobster, Grécia | Irlanda | Holanda | Reino Unido | França, 2015)

179 - Lamento, O (Goksung, Coreia do Sul | Estados Unidos, 2016)

180 - Leão da Estrela, O (O Leão da Estrela, Portugal, 1947)

181 - Lemonade Joe (Limonádový Joe aneb Konská Opera, Checoslováquia, 1964)

182 - Lenda do Cavaleiro sem Cabeça, A (Sleepy Hollow, Estados Unidos | Alemanha, 1999)

183 - Life, Animated (Life, Animated, Estados Unidos, 2016)

184 - Lilian M.: Relatório Confidencial (Lilian M.: Relatório Confidencial, Brasil, 1975)

185 - Limite Entre Nós, Um (Fences, Estados Unidos, 2016)

186 - Línguas Desatadas (Tongues Untied, Estados Unidos, 1989)

187 - Lion: Uma Jornada para Casa (Lion, Austrália | Estados Unidos | Reino Unido, 2016)

188 - Longo Adeus, O (Dolgie Provody, União Soviética, 1971)

189 - Louca Paixão (Turks Fruit, Holanda, 1973)

190 - Loving (Loving, Reino Unido | Estados Unidos, 2016)

191 - Lua em Sagitário (Lua em Sagitário, Argentina | Brasil, 2016)

192 - Luz dos Meus Olhos (Luz dos Meus Olhos, Brasil, 1947)

193 - Mad Max (Mad Max, Austrália, 1979)

194 - Mad Max 2: A Caçada Continua (Mad Max 2: The Road Warrior, Austrália, 1981)

195 - Mad Max - Além da Cúpula do Trovão (Mad Max Beyond Thunderdome, Austrália, 1985)

196 - Mad Max: Estrada da Fúria (Mad Max: Fury Road, Austrália | Estados Unidos, 2015)

197 - Mãe Índia (Honrarás tua Mãe) (Mother India, Índia, 1957)

198 - Magal e os Formigas (Magal e os Formigas, Brasil, 2016)

199 - Malícia (Malícia, Brasil, 2016)

200 - Mamma Roma (Mamma Roma, Itália, 1962)

201 - Manchester à Beira-Mar (Manchester by the Sea, Estados Unidos, 2016)

202 - Mar de Rosas (Mar de Rosas, Brasil, 1978)

203 - Marcelo Zona Sul (Marcelo Zona Sul, Brasil, 1970)

204 - Maridinho de Luxo (Maridinho de Luxo, Brasil, 1938)

205 - Matar ou Correr (Matar ou Correr, Brasil, 1954)

206 - Meia Hora e as Manchetes que Viram Manchete (Meia Hora e as Manchetes que Viram Manchete, Brasil, 2014)

207 - Melancolia de Moscow (Moskovskaya Elegiya, União Soviética, 1987)

208 - Menina da Rádio, A (A Menina da Rádio, Portugal, 1944)

209 - Menino na Ponte, O (To Agóri sti Géfyra, Chipre, 2016)

210 - Meu Nome é Tonho (Meu Nome é Tonho, Brasil, 1969)

211 - Meu País (Meu País, Brasil, 2011)

212 - Monster: Desejo Assassino (Monster, Alemanha | Estados Unidos, 2003)

213 - Moonlight: Sob a Luz do Luar (Moonlight, Estados Unidos, 2016)

214 - Moral em Concordata (Moral em Concordata, Brasil, 1959)

215 - Muito Prazer (Muito Prazer, Brasil, 1979)

216 - Mulher (Mulher, Brasil, 1931)

217 - Mulher à Tarde (Mulher à Tarde, Brasil, 2009)

218 - Mulheres do Século 20 (20th Century Women, Estados Unidos, 2016)

219 - Mundo dos Pequeninos, O (Kari-gurashi no Arietti, Japão, 2010)

220 - Mundo é o Culpado, O (Outrage, Estados Unidos, 1950)

221 - Mundo Fabuloso de Billy Liar, O (Billy Liar, Reino Unido, 1963)

222 - Mutum (Mutum, Brasil | França, 2007)

223 - Na Praia à Noite Sozinha (Bamui Haebyun-eoseo Honja, Coreia do Sul | Alemanha, 2017)

224 - Na Ventania (Risttuules, Estônia, 2014)

225 - Nascidas em Chamas (Born in Flames, Estados Unidos, 1983)

226 - Nazarín (Nazarín, México, 1959)

227 - No Vermelho (No Vermelho, Brasil, 2016)


229 - Noiva de Shanghai, Uma (Una Novia de Shanghai, China | Argentina, 2016)

230 - Noivo da Girafa, O (O Noivo da Girafa, Brasil, 1958)

231 - Noivos, Os (Os Noivos, Brasil, 1979)

232 - Nós que nos Amávamos Tanto (C’Eravamo Tanto Amati, Itália, 1974)

233 - Nós Somos as Melhores! (Vi är Bäst!, Suécia | Dinamarca, 2013)

234 - Nostalgia (Nostalghia, Itália | União Soviética, 1983)


236 - O. J.: Made in America (O. J.: Made in America, Estados Unidos, 2016)

237 - Ódio (Ódio, Brasil, 1977)

238 - Oito Vítimas, As (Kind Hearts and Coronets, Reino Unido, 1949)

239 - Okja (Okja, Coreia do Sul | Estados Unidos, 2017)

240 - Olha quem está Falando (Look who’s Talking, Estados Unidos, 1989)

241 - Olha quem está Falando Agora (Look who’s Talking Now, Estados Unidos, 1993)

242 - Olha quem está Falando Também (Look who’s Talking Too, Estados Unidos, 1990)

243 - Ontem, Hoje e Amanhã (Ieri, Oggi, Domani, Itália | França, 1963)

244 - Ornitólogo, O (O Ornitólogo, Portugal | França | Brasil, 2016)

245 - Ou Tudo, ou Nada (The Full Monty, Reino Unido | Estados Unidos, 1997)

246 - Outro Lado do Paraíso, O (O Outro Lado do Paraíso, Brasil, 2014)

247 - Pai Tirano, O (O Pai Tirano, Portugal, 1941)

248 - Paisagem na Neblina (Topio Stin Omichli, Grécia | França | Itália, 1988)

249 - Paixão na Praia (Paixão na Praia, Brasil, 1971)

250 - Panelstory - O Nascimento de uma Comunidade (Panelstory aneb Jak se Rodí Sídliste, Checoslováquia, 1979)

251 - Pânico (Panika, Eslovênia, 2013)

252 - Paris is Burning (Paris is Burning, Estados Unidos, 1990)

253 - Parque, O (Le Parc, França, 2016)

254 - Pássaros, Órfãos e Tolos (Vtáckovia, Siroty a Blázni, Checoslováquia | França, 1969)

255 - Pat Garrett e Billy the Kid (Pat Garrett & Billy the Kid, Estados Unidos, 1973)

256 - Pátio das Cantigas, O (O Pátio das Cantigas, Portugal, 1942)

257 - Pecado de Cluny Brown, O (Cluny Brown, Estados Unidos, 1946)

258 - Pedra Filosofal, A (Parash Pathar, Índia, 1958)

259 - Peixe Grande e suas Histórias Maravilhosas (Big Fish, Estados Unidos, 2003)

260 - Pequena Loja da Rua Principal, A (Obchod na Korze, Checoslováquia, 1965)

261 - Pequenas Margaridas, As (Sedmikrásky, Checoslováquia, 1966)

262 - Periscópio (Periscópio, Brasil, 2013)

263 - Personal Shopper (Personal Shopper, França | Alemanha | República Checa | Bélgica, 2016)

264 - Phantom Power (Phantom Power, França, 2014)

265 - Piper: Descobrindo o Mundo (Piper, Estados Unidos, 2016)

266 - Pistoleiros do Entardecer (Ride the High Country, Estados Unidos, 1962)

267 - Planeta dos Macacos, O (Planet of the Apes, Estados Unidos, 1968)

268 - Planeta dos Macacos, O (Planet of the Apes, Estados Unidos, 2001)

269 - Pomba Branca, A (Holubice, Checoslováquia, 1960)

270 - Potências de J (Potências de J, Brasil, 2016)

271 - Poucas e Boas (Sweet and Lowdown, Estados Unidos, 1999)

272 - Prece, A (Vedreba, União Soviética, 1967)

273 - Precisamos Falar do Assédio (Precisamos Falar do Assédio, Brasil, 2016)

274 - Predestinado, O (Predestination, Austrália, 2014)

275 - Primo, Prima (Cousin Cousine, França, 1975)

276 - Prisioneiro do Remorso (The Prisoner, Reino Unido, 1955)

277 - Profeta da Fome, O (O Profeta da Fome, Brasil, 1970)

278 - Profissão Voyeur (Profissão Voyeur, Brasil, 2016)

279 - Promessas (Zavet, Sérvia | França, 2007)

280 - Psicose (Psycho, Estados Unidos, 1960)

281 - Psicose (Psycho, Estados Unidos, 1998)

282 - Psicose - 2ª Parte (Psycho II, Estados Unidos, 1983)

283 - Psicose III (Psycho III, Estados Unidos, 1986)

284 - Psicose IV: O Início (Psycho IV: The Beginning, Estados Unidos, 1990)

285 - Pureza Proibida (Pureza Proibida, Brasil, 1974)

286 - Pyaasa (Sede Eterna) (Pyaasa, Índia, 1957)

287 - Quem quer matar Jessie? (Kdo Chce Zabít Jessii?, Checoslováquia, 1966)

288 - Rapazes da Banda, Os (The Boys in the Band, Estados Unidos, 1970)

289 - Rebobine (Rebobine, Brasil, 2014)

290 - Redemoinho (Redemoinho, Brasil, 2016)

291 - Rei da Comédia, O (The King of Comedy, Estados Unidos, 1982)

292 - Reino das Fadas, O (Le Royaume des Fées, França, 1903)

293 - Réquiem para Sra. J. (Rekvijem za Gospodju J., Sérvia | Bulgária | República da Macedônia | Rússia | França, 2017)

294 - Respiro (Respiro, Itália | França, 2002)

295 - Retorno de Vassili Bortnikov, O (Vozvrashchenie Vasiliya Bortnikova, União Soviética, 1953)

296 - Ridículo, O (O Ridículo, Brasil, 2016)

297 - Rio Grande (Rio Grande, Estados Unidos, 1950)

298 - Rio 40 Graus (Rio 40 Graus, Brasil, 1955)

299 - Rio Zona Norte (Rio Zona Norte, Brasil, 1957)

300 - Rogue One: Uma História Star Wars (Rogue One, Estados Unidos | Reino Unido, 2016)

301 - Rolo Compressor e o Violinista, O (Katok i Skripka, União Soviética, 1961)

302 - Rudzienko (Rudzienko, Estados Unidos | Polônia, 2016)

303 - Sabor da Vida (An, Japão | França | Alemanha, 2015)

304 - Sabrina (Sabrina, Estados Unidos, 1954)

305 - Saci, O (O Saci, Brasil, 1951)

306 - Sacrifício, O (Offret, Suécia | Reino Unido | França, 1986)

307 - Sala de Música, A (Jalsaghar, Índia, 1958)

308 - São Paulo em Hi-Fi (São Paulo em Hi-Fi, Brasil, 2013)

309 - Sapatinhos Vermelhos, Os (The Red Shoes, Reino Unido, 1948)

310 - Satyricon de Fellini (Fellini Satyricon, Itália, 1969)

311 - Sedução da Carne (Senso, Itália, 1954)

312 - Segredo das Asas, O (O Segredo das Asas, Brasil, 1944)

313 - Seguir as Plantas (Seguir as Plantas, Brasil, 2016)

314 - Senhorita Júlia (Fröken Julie, Suécia, 1951)

315 - Sequestro, O (O Sequestro, Brasil, 1981)

316 - 7 Dias no Inferno (7 Days in Hell, Estados Unidos, 2015)

317 - Sieranevada (Sieranevada, Romênia | França | Bósnia e Herzegovina | Croácia | República da Macedônia, 2016)

318 - Silêncio do Mar, O (Le Silence de la Mer, França, 1949)

319 - Silêncios do Palácio, Os (Samt el Qusur, Tunísia | França, 1994)

320 - Sing (Mindenki, Hungria, 2016)

321 - Sob o Signo de Capricórnio (Under Capricorn, Reino Unido, 1949)

322 - Sombra do Pavor (O Corvo) (Le Corbeau, França, 1943)

323 - Sonho de Rip, O (La Légende de Rip van Winkle, França, 1905)

324 - Sonho de Wadjda, O (Wadjda, Arábia Saudita | Holanda | Alemanha | Jordânia | Emirados Árabes Unidos | Estados Unidos, 2012)

325 - Stromboli (Stromboli, Itália | Estados Unidos, 1950)

326 - Sua Única Saída (Pursued, Estados Unidos, 1947)

327 - Sudoeste (Sudoeste, Brasil, 2012)

328 - Super Fly (Super Fly, Estados Unidos, 1972)

329 - Super Nada (Super Nada, Brasil | México, 2012)

330 - Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street, Estados Unidos | Reino Unido, 2007)

331 - Também Somos Irmãos (Também Somos Irmãos, Brasil, 1949)

332 - Tanna (Tanna, Austrália | Vanuatu, 2015)

333 - Tempo de Viagem (Tempo di Viaggio, Itália, 1983)

334 - Teorema (Teorema, Itália, 1968)

335 - Terra de Minas (Under Sandet, Dinamarca | Alemanha, 2015)

336 - Tesnota (Techota, Rússia, 2017)

337 - Tigres na Cidade (Tigre v Meste, Eslováquia | República Checa, 2012)

338 - Tio Vânia (Oncle Vania, França, 1997)

339 - Titanic (Titanic, Estados Unidos, 1997)

340 - Toni Erdmann (Toni Erdmann, Alemanha | Áustria | Suíça | Romênia, 2016)

341 - Tour de France (Tour de France, França, 2016)

342 - Trapalhão no Planalto dos Macacos, O (O Trapalhão no Planalto dos Macacos, Brasil, 1976)

343 - Travesseiro e o Escorpião, O (O Travesseiro e o Escorpião, Brasil, 2013)

344 - Trens Estreitamente Vigiados (Ostre Sledované Vlaky, Checoslováquia, 1966)

345 - U: Réquiem para uma Cidade em Ruínas (U: Réquiem para uma Cidade em Ruínas, Brasil, 2016)

346 - Última Felicidade (Hon Dansade en Sommar, Suécia, 1951)

347 - Última Terra, A (La Última Tierra, Paraguai | Holanda | Chile | Catar, 2016)

348 - Vacilão, O (O Vacilão, Brasil, 2016)

349 - Vagabundo, O (Awaara, Índia, 1951)

350 - Vampiro, O (Vampyr, Alemanha | França, 1932)

351 - Velas Escarlates (Alye Parusa, União Soviética, 1961)

352 - Velvet Goldmine (Velvet Goldmine, Reino Unido | Estados Unidos, 1998)

353 - Vento Norte (Vento Norte, Brasil, 1951)

354 - Vera Cruz (Vera Cruz, Estados Unidos | México, 1954)

355 - Verão Violento (Estate Violenta, Itália | França, 1959)

356 - Vertigem das Formigas, A (A Vertigem das Formigas, Brasil, 2016)

357 - Viagem de Carol, A (El Viaje de Carol, Espanha | Portugal, 2002)

358 - Vida após a Vida, A (Zhi Fan Ye Mao, China, 2016)

359 - Vida Cigana (Dom za Vesanje, Reino Unido | Itália | Iugoslávia, 1988)

360 - Videogramas de uma Revolução (Videogramme einer Revolution, Alemanha | Romênia, 1992)

361 - Vingador Silencioso, O (Il Grande Silenzio, Itália | França, 1968)

362 - Vingança Está na Moda, A (The Dressmaker, Austrália, 2015)

363 - 24 Horas de Sonho (24 Horas de Sonho, Brasil, 1941)

364 - Viy, o Espírito do Mal (Viy, União Soviética, 1967)

365 - Vizinha do Lado, A (A Vizinha do Lado, Portugal, 1945)

366 - Waiting for B. (Waiting for B., Brasil, 2015)

367 - Western (Western, Alemanha | Bulgária | Áustria, 2017)

* "Bride of Frankenstein" (1935) de James Whale - Universal Pictures [us]