quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Memórias #25 | Debbie Reynolds (1932 - 2016)

Extraordinária! Essa foi a palavra que utilizei para descrever Debbie Reynolds quando escrevia, há apenas dois dias, sobre a morte de sua filha, Carrie Fisher. Com o coração partido, a atriz nos deixou no final da noite desta quarta-feira, dia 28 de dezembro, aos 84 anos.

Também cantora e dançarina, Debbie teve sua carreira marcada e eternizada pelo clássico musical “Cantando na Chuva” (1952) de Stanley Donen, contracenando com os atores Gene Kelly e Donald O’Connor. Ela interpretava Kathy Selden, uma simpática corista que sonhava em ingressar na carreira de atriz e enxergou essa possibilidade ao conhecer o grande astro do cinema mudo Don Lockwood, papel de Kelly no filme.

Esbanjando doçura e talento, Debbie Reynolds firmou um contrato extenso com a MGM, passando a ser uma das grandes estrelas do estúdio. Por longos anos, atuou em mais uma série de musicais e comédias românticas como “É Deste que eu Gosto” (1953) de Don Weis; “Tentações de Adão” (1954) de Richard Thorpe; “Marujos e Sereias” (1955) de Roy Rowland; “A Flor do Pântano” (1957) de Joseph Pevney; e “Como Fisgar um Marido” (1959) de George Marshall.

A atriz Debbie Reynols com Carrie Fisher ainda criança. (1932 - 2016) (1956 - 2016) - Twitter @DebbieReynolds1

Nomeada uma vez ao Emmy, cinco vezes ao Globo de Ouro e indicada ao Oscar de Melhor Atriz por seu papel em “A Inconquistável Molly” (1964), filme de Charles Walters, Debbie Reynolds ainda ganhou uma estrela na calçada da fama de Hollywood em 1997 e, já neste ano, recebeu da Academia o prêmio humanitário Jean Hersholt, uma semana antes da cerimônia oficial de entrega das famosas estatuetas douradas.

Entretanto, foi durante a solenidade do SAG Awards em 2015 que a atriz pôde vivenciar um dos momentos mais bonitos de sua carreira, sendo homenageada pelo sindicato de atores com a entrega de um prêmio especial em reverência ao incrível conjunto de sua obra. Debbie recebeu o troféu honorário das mãos de Carrie Fisher e, após o dia de hoje, não há como não se emocionarmos toda vez que assistirmos a esse incrível encontro:


O que nos alenta em um fim de ano tão triste e devastador como o de 2016 são as palavras de Todd Fisher, filho de Debbie Reynolds, ao comentar a morte da mãe: “Ela está com Carrie...”

Que agora descanse em paz... (1932 - 2016)

Dez filmes com Debbie Reynolds que indico (em ordem de predileção):

01 - Cantando na Chuva (Singin’ in the Rain, Estados Unidos, 1952) - de Stanley Donen e Gene Kelly

02 - A Conquista do Oeste (How the West Was Won, Estados Unidos, 1962) - de John Ford, Henry Hathaway, George Marshall e Richard Thorpe

03 - A Taberna das Ilusões Perdidas (The Rat Race, Estados Unidos, 1960) - de Robert Mulligan

04 - Armadilha Amorosa (The Tender Trap, Estados Unidos, 1955) - de Charles Walters

05 - A Flor do Pântano (Tammy and the Bachelor, Estados Unidos, 1957) - de Joseph Pevney

06 - Meus Seis Amores (My Six Loves, Estados Unidos, 1963) - de Gower Champion

07 - A Inconquistável Molly (The Unsinkable Molly Brown, Estados Unidos, 1964) - de Charles Walters

08 - Furacão de Saias (The Second Time Around, Estados Unidos, 1961) - de Vincent Sherman

09 - Mãe é Mãe (Mother, Estados Unidos, 1996) - de Albert Brooks

10 - O Papai Playboy (The Pleasure of His Company, Estados Unidos, 1961) - de George Seaton

Debbie Reynolds entre Gene Kelly e Donald O'Connor em "Singin' in the Rain" (1952) de Stanley Donen e Gene Kelly
Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) [us] | Loew's [us]

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